No regresso ao MEO Marés Vivas, onde atuaram em 2014, os James abriram o concerto com o Hino Nacional e com o palco iluminado de vermelho e verde para saudar Portugal e os portugueses de quem Tim Booth disse “gostar muito”.
Um dos músicos trazia mesmo uma camisola da Seleção Nacional com o número sete e o nome da banda.
Durante mais de duas horas de espetáculo, os britânicos levaram os milhares de espetadores ao rubro com êxitos como “Getting Away With It (All Messed Up)”, “Sometimes” ou “Born of Frustration”.
Tim Booth, sempre energético em palco, saltou para o meio da multidão em vários momentos da atuação, "obrigando-os" a cantar por si.
O público, vestido a rigor com chapéus e lenços, não abdicando das "indispensáveis" 'selfies' esteve em constante interação com os James, sabendo de cor as grandes músicas da banda.
Um dos fãs que estava na primeira fila exibia um cartaz que dizia “Welcome Home James” (Bem-vindos a casa James).
Ao longo do concerto, o vocalista parou algumas vezes para, em silêncio, olhar para o público e agradecer, e parecia genuinamente agradecido.
Visivelmente emocionado e após um último voo sobre a multidão, Tim Booth agradeceu a receção com um típico “obrigada” em português.
“Foi espetacular”, disse João Valente à Lusa sobre o concerto de James, depois de o já ter visto mais do que uma vez.
Já Paula Pinto disse que a banda britânica foi a “cereja no topo do bolo” no último dia do evento.
Na outra metade da noite cantou-se em português com Rui Veloso a aquecer o ambiente com os clássicos “Não há estrelas no céu”, “Chico Fininho”, “Porto Covo”, “Anel de Rubi” ou “Nunca me esqueci de ti”.
“Foi fabuloso, grande visão daqui do palco, obrigada”, disse Rui Veloso.
Com mais de 35 anos de carreira, na plateia Rui Veloso tinha miúdos e graúdos a cantar a uma só voz.
Entre o público, Telmo Moreira assumiu que o que o cativou a vir ao festival foi Rui Veloso porque “o que é nacional é bom”.
O arranque da última noite do Marés Vivas fez-se com a cantora e compositora Beth Orton, vencedora de um Brit Award, que mostrou músicas do seu mais recente disco, “Kidsticks”.
Depois, seguiu-se o cantor e compositor inglês Tom Odell, apontado pela crítica como uma das maiores revelações europeias atuais, a surpreender o público com a sua voz.
Pelo meio ainda houve tempo para um pedido de casamento público com a agora noiva a aceitar perante milhares de testemunhas que, na brincadeira, ficaram convidadas para a cerimónia.
A 14.ª edição do Festival Meo Marés Vivas começou quinta-feira e terminou sábado à noite por onde passaram Elton John, Kelis, D.A.M.A., Foy Vance, James Bay, Jimmy P, Kodaline, Lost Frequencies, James, Rui Veloso, Tom Odell, Dengaz e Beth Orton.
Durante os três dias, o festival teve lotação esgotada, num total de 90 mil pessoas.
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