"Ele morreu esta noite, no asilo onde morava há um ano", em Seine-et-Marne, declarou a filha do artista, Jeanne Allwright.

"Era um cantor engajado pela justiça social, um cantor um pouco hippie, à margem do showbiz, que rejeitava a televisão. Cantou até ao final, adorava estar em palco", explicou um dos seus filhos, Christophe Allwright

Nascido na Nova Zelândia em 1926, Graeme Allwright iniciou o percurso como ator em Inglaterra, após a Segunda Guerra Mundial, antes de se estabelecer em França em 1948. A carreira musical arrancou aos 40 anos, com um primeiro disco em francês editado 1965, "Le trimardeur", adaptado do "cantor de protesto" Pete Seeger.

O seu repertório contestatário, antimilitarista e profundamente humanista ressoa com as aspirações da juventude francesa da época.

"Petites boîtes" (adaptação de Malvina Reynolds), "Jusqu'à la ceinture" (Pete Seeger), "Qui a tué Davy Moore?" (Bob Dylan), "Johnny" (texto original) e especialmente "Le jour de clarté" (Peter, Paul & Mary), o seu maior êxito, tornaram-se hinos do Maio de 68.

Na década de 1970, adaptou muitas canções de Leonard Cohen, incluindo "Suzanne".

Também era conhecido por ter escrito em 1968 a canção infantil de Natal "Petit Garçon", versão francesa de "Old Toy Trains", de Roger Miller, ou "Sacrée Bouteille" (de "Bottle of Wine", de Tom Paxton).

Graeme Allwright atuou até 2015.

Em 2010, a Academia Charles Cros concedeu-lhe um "grand prix in honorem" pela carreira. Foi pai de quatro filhos, Nicolas, Christophe, Jacques e Jeanne.

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