Veterano do mundo da comédia, com uma carreira de grande popularidades desde os anos 1950, Ken Dodd morreu no passado domingo na sua casa em Liverpool.

A notícia foi confirmada esta segunda-feira pelo agente do comediante, Robert Holmes, que o descreveu como "um dos últimos grandes do mundo do espetáculo".

A causa da morte não foi revelada, mas o humorista tinha sido internado recentemente devido a uma infeção no peito.

Holmes acrescentou que Dodd se tinha casado com a sua companheira de longa data Anne Jones na passada sexta-feira.

O comediante ganhou fama ao longo das últimas décadas pelo seu sentido de humor peculiar e destravado, pela capacidade de improviso e pela duração dos seus espetáculos. Nos anos 1960, entrou para o Guinness por contar 1500 piadas em três horas e meia e algumas das suas atuações foram além das quatro horas de duração.

Na fase mais popular do seu percurso, entre as décadas de 1960 e 1970, Dodd transitou entre os palcos, a rádio e a televisão. No mesmo período, teve ainda uma bem sucedida carreira na música, através de canções como "Happiness" ou "Tears", com uma repercussão comparável à dos Beatles no Reino Unido.

Paul McCartney foi uma das figuras públicas que lamentaram a morte do comediante esta segunda-feira. "Estive com ele em várias ocasiões nos tempos dos Beatles e acabávamos sempre a chorar a rir. Hoje também há lágrimas de tristeza", confessou o músico no Twitter.

Em 2017, Dodd foi condecorado cavaleiro pela rainha Isabel II e despediu-se dos palcos em Liverpool.

Foto: AFP