Contactado pela agência Lusa, o diretor do MNAA, Joaquim Caetano, sublinhou que a manutenção da atividade do museu nas plataforma digitais "é essencial para o museu e visa também conquistar novos públicos".

Encerrado desde 15 de março, como todos os museus e monumentos tutelados pelo Ministério da Cultura, na sequência das restrições para combater a pandemia COVID-19, a direção do MNAA decidiu criar novas formas de divulgar as coleções de arte antiga.

Tudo começou com o Dia do Pai, a 19 de março, para o qual o serviço educativo do museu tinha prevista a criação de um vídeo para colocação online, e desta forma celebrar a figura paterna.

"São José e o Menino Jesus", da pintora Josefa D'Óbidos foi a obra escolhida para ser filmada e descrita pelo diretor, que obteve em pouco tempo mais de 6000 visualizações.

Este interesse, de milhares de visualizações diretas, sem contar com as muitas partilhas que são realizadas por quem acede, trouxe à direção do museu a certeza de que "as pessoas estavam recetivas e aquele era um canal a usar".

Desde então, tanto Joaquim Caetano como o subdiretor, Anísio Franco, e alguns conservadores têm criado diariamente novos vídeos sobre peças de pintura, escultura ou artes decorativas, pertencentes às coleções do museu.

São vídeos curtos, de três a cinco minutos, "criados com uma abordagem informal, direta, mais intimista sobre obras fundamentais do museu", e que são colocadas no site, nas redes sociais e plataformas como o Youtube, no âmbito de um ciclo "A arte é uma ponte que nos une".

As obras que têm tido mais procura por parte do público foram as pinturas portuguesas antigas "O Inferno" e "Ecce Homo".

"O Inferno", pintado em 15010-1520 por um mestre português desconhecido, mostra uma imagem medieval do inferno, povoado de demónios e com uma inventariação dos seus suplícios, relacionados com os pecados capitais mencionados pelo Cristianismo, como a gula, a preguiça ou a inveja.

A obra "Ecce Homo", também de autor português desconhecido, pintada cerca de 1570, representa Cristo com uma coroa de espinhos, coberto por uma túnica branca, depois de ter sido flagelado.

Joaquim Caetano disse à agência Lusa que a direção do museu tem também a intenção de fazer vídeos de obras importantes e de maiores dimensões, como os "Painéis de São Vicente" ou o tríptico de Hieronymus Bosch "Tentações de Santo Antão".

A nível global, a pandemia de COVID-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 720 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 854 pessoas das 22.797 confirmadas como infetadas, e há 1228 casos recuperados, de acordo com os números hoje divulgados pela Direção-Geral da Saúde.

Mais informações sobre o COVID-19.

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