As portas do NOS Primavera Sound já abriram. Os concertos de Mac DeMarco, FKA Twigs, Interpol e Caribou animaram o primeiro dia. Mas foi Patti Smith que encantou todas as gerações, num concerto onde reinou a empatia.

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Toalhas e  mais toalhas, flores e sorrisos dominavam o início de mais um Primavera Sound, que começou com o português Bruno Pernadas no Palco Super Bock.

Ao ritmo do cair do sol, o público foi-se concentrado no Palco NOS para ouvir Mac DeMarco, que parecia estar em casa com amigos, pelo à vontade que demonstrava. O jovem canadiano gostou tanto do público que até lhe fez um convite: "Amanhã só temos de ir embora às quatro da tarde, por isso esta noite podíamos ir sair. Se vocês quiserem, claro."

Pouco depois, no Palco Pitchfork, a cantora e poetisa Patti Smith e os seus companheiros foram recebidos por uma  multidão sentada em cadeiras de plástico. Mas logo na primeira canção as cadeiras ficaram só a enfeitar - o público levantou-se e dançou "Dancing Barefoot"com a norte-americana.

Sem grandes conversas, Patti Smith revelou que passeou pelo Porto e que comeu sardinhas, que certamente lhe deram energia para o concerto intenso, no qual relembrou parte do álbum "Horses”.

Um concerto de emoções, onde a artista - com idade para ser avó de muitos dos festivaleiros - provou que ainda pode ser tudo e tudo é pouco comparado com o seu talento e com a sua voz que é como o vinho do Porto.

Das recordações para as novidades da música: FKA Twigs atuou de seguida no Palco Superbock, que se encheu para ouvir canções como "Glass and Patron" ou "Two Weeks".

Satisfeita com o público, a cantora transbordou sensualidade e carimbou o seu poder entre as artistas da nova geração.

Já com a lua cheia a iluminar o Primavera, os Interpol subiram ao palco principal para quase uma hora e meia de concerto, que culminou com um sucesso de 2014, ""All The Rage Back Home". Mas antes houve mais, muito mais. Apesar de se focar no disco "El Pintor",  a banda passeou pelos grandes sucessos que todos queriam recordar e que todos cantaram com a letra na ponta da língua.

Depois do concerto dos Interpol - os primeiros a encher o Palco NOS -, muitos festivaleiros deixaram o recinto - é que sexta-feira é dia de trabalho. Mas ainda ficaram milhares para ouvir Juan MacLean, que aqueceram o público na noite fria.

A fechar o primeiro dia, os Caribou transformaram o NOS Primavera Sound numa verdadeira pista de dança eletrizante. O álbum "Our Love" foi a base de todo o concerto que terminou bem perto das duas e meia da manhã.

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