Em declarações à agência Lusa, o diretor do festival, José Barreiro, disse que se mantém a proporção de 70% de passes gerais para 30% de bilhetes diários, tendo conseguido “finalmente esgotar o festival”, ao fim de cinco anos, num recinto com capacidade para 25 mil pessoas.

“É um número muito razoável, porque nós, apesar desse aumento de procura, não queremos que a experiência seja diferente. Temos crescido em função de uma boa experiência que proporcionamos. Não queremos que, agora, esgotando, seja um festival igual aos outros com filas para tudo e para nada. Queremos que seja diferente e, portanto, o número de espectadores vai ser sempre em função dessa capacidade de o festival continuar a prestar uma boa experiência às pessoas”, disse José Barreiro à Lusa.

O diretor do NOS Primavera Sound adiantou que foram igualados os valores de 2012, em relação a vendas de bilhetes para fora de Portugal, tendo vendido 50% dos passes gerais para o estrangeiro, num total de 58 nacionalidades.

“Acho que também beneficiámos do facto de o Primavera Sound de Barcelona ter esgotado”, reconheceu José Barreiro à Lusa, numa referência à edição do passado fim de semana, do "irmão mais velho" do festival do Porto.

Questionado sobre a eventual concorrência de outros festivais, o diretor do Primavera Sound do Porto respondeu: “Tenho a veleidade de pensar que não temos concorrência, pelo simples facto de estarmos bastante afastados em termos de tempo dos principais festivais nacionais, e também porque há muita gente que só vem ao Primavera Sound”.

“Acho que não sofremos como outros festivais sofrem da concorrência ou do ano: Quem é que tem melhor cartaz? Quem não tem melhor cartaz? Acho que ‘o Primavera’ é um festival à parte nesse aspeto. Tem-se afirmado pela diferença”, afirmou José Barreiro.

O Primavera Sound no Porto decorre de quinta-feira a sábado, no Parque da Cidade do Porto, com um cartaz que inclui artistas como PJ Harvey, Mudhoney, Brian Wilson, Air, Animal Collective e Deerhunter, entre muitos outros.