Na quinta-feira, a primeira de três noites de concertos no Parque da Cidade do Porto, mais do que atraídos pela atuação do músico Nike Cave, os festivaleiros vieram pelo “regresso à normalidade e pelo sentimento de liberdade”, depois de dois anos “confinados e privados de música, de festas, de amigos e de copos”.

Deitada numa rede de descanso a apanhar sol, enquanto lia um livro, Susana Nunez, de 42 anos, contou à Lusa que o regresso do Primavera Sound foi um “alívio” porque as saudades de “ouvir boa música” eram muitas.

E, apesar da pandemia ainda não ter terminado, Susana confidenciou não ter medo algum, porque está vacinada e, além disso, já teve COVID-19 duas vezes.

“Temos de retomar a vida normalmente”, considerou, acrescentando ter deixado os filhos com a sogra em Lisboa, onde vive, para usufruir dos três dias de festival na companhia do marido.

Noutra zona do recinto estavam Sébastien, Elisa e Jonathan sentados na relva e de copo de cerveja na mão, à espera das atuações previstas e “nada desconfortáveis” com a quantidade de pessoas à sua volta.

“O medo de COVID-19 acabou”, disseram os festivaleiros que vieram dos arredores de Paris, em França, para o NOS Primavera Sound, onde já estiveram em outras duas ocasiões.

Dizendo que as coisas estão “agora mais tranquilas”, os três amigos vão estar nos três dias do festival, depois de terem comprado bilhete há dois anos, altura em que os eventos foram cancelados devido à pandemia.

A participar num `quiz´ sobre o Parlamento Europeu para ganhar uma bolsa e uma caneta, estava Carine Picoter que, mostrando-se “tranquila” quanto à pandemia, veio de França até Portugal para três dias de “diversão, animação e liberdade, após dois anos péssimos”, contou.

Acompanhada de uma amiga, Carine, de 43 anos, disse já não usar máscara, nem ter “grandes cuidados”, porque a covid-19 é uma “espécie de gripe”, portanto, “não há que ter medo”.

“É viver e usufruir porque se não enlouquecemos”, entendeu.

NOS PRIMAVERA SOUND 2022
créditos: Stefani Costa

No meio da multidão e de óculos coloridos, e enquanto conheciam o recinto onde estão pela primeira vez, as amigas Raquel e Maria com 28 e 29 anos, respetivamente, revelaram que vieram de Lisboa para ver Nick Cave e pelo festival ser “apropriado à sua idade”.

Ainda este ano, as amigas contam ir ao NOS Alive, que acontece em julho, em Lisboa, para “tirar a barriga de misérias” de festivais, dado estarem com “fome de festas”.

Apesar de não usarem máscaras, as festivaleiras assumiram uma “ligeira ansiedade” por estarem no meio de tanta gente.

E, no meio de tanta gente, a Lusa encontrou um grupo de cinco amigos espanhóis, vindos de Barcelona, para três dias onde o mote, determinaram, é “pular, cantar ou tentar cantar, beber e divertir-se”.

Jano, Dani, Lili, Carlo e Rudi, com idades entre os 25 e 35 anos, mostraram-se sem receios por estar no meio da multidão, porque a COVID-19 é “coisa do passado”.

No recinto, além dos cinco palcos, há um espaço de restauração e o Primavera Market com bancas de 18 marcas de moda, artesanato urbano e estúdio de tatuagens.

O NOS Primavera Sound teve na quinta-feira, como cabeças de cartaz, Nick Cave & The Bad Seeds e Tame Impala.

Pelos cinco palcos do festival vão passar, até sábado, Throes + The Shine, Georgia, Sky Ferreira, Mura Massa, Penelope Isles, Kim Gordon, Black Midi, Caroline Polachek, Black Coffee, Arrogance Arrogance, Nídia, Sherelle e Octo Octa B2B Eris Drew.

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