Mega Ferreira, autor de, entre outros, “Roma – Exercícios e reconhecimento” (2011), refere-se a este novo título como o relato de uma “viagem intelectual e afetiva”, que “representa a súmula de muitas viagens a Itália, ao longo de quatro décadas de apaixonada convivência com os lugares e as gentes, mas sobretudo com a cultura italiana”.

Na obra, o autor afirma que, de “todas as viagens na Península Itálica, que deram origem a testemunhos literários, nenhuma se tornou tão célebre como a 'Viagem a Itália' (‘Italienische Reise’) empreendida por Johann Wolfgang van Goethe (1749-1832), entre 1786 e 1788”.

"A viagem a Itália de Goethe é muito mais uma viagem em busca de si mesmo do que uma observação sistemática do que era a Itália em finais do século XVIII”, argumenta Mega Ferreira, salientando de imediato, que a sua viagem “é de natureza e génese diferente”.

“Itália – Práticas de viagem”, escreve o autor, "representa a súmula de muitas viagens a Itália, ao longo de quatro décadas de apaixonada convivência com os lugares e as gentes, mas, sobretudo, com a cultura italiana, à qual não se pode deixar de reconhecer um papel determinante na construção de uma identidade europeia, essencialmente centrada na luminosidade expansiva e sensual do sul, em alternativa à sombria meditação de indução luterana do norte da Europa".

"É viagem intelectual e afetiva, acima de tudo, embora não dispense a observação presencial de lugares e hábitos, que fazem parte da nossa experiência de um país tanto como os testemunhos visíveis da sua inscrição na História", afirma Mega Ferreira.

Atualmente à frente da Associação Música, Educação e Cultura (AMEC/Metropolitana), Mega Ferreira, de 68 anos, foi jornalista, designadamente no Jornal Novo, Expresso, O Jornal, na RTP, e no JL – Jornal de Letras, Artes e Ideias. Fundou as revistas Ler e Oceanos.

Mega Ferreira foi comissário executivo da Exposição Mundial de Lisboa, em 1998, e, posteriormente, presidente da Parque Expo, que incluía, entre outras valências, o Oceanário de Lisboa e o Pavilhão Multiusos.

De 2006 a 2012, presidiu à Fundação Centro Cultural de Belém, passando depois a diretor executivo da AMEC/Metropolitana.

A Sextante, chancela do grupo Porto Editora, está a celebrar dez anos de existência, tendo publicado 120 autores e mais de 230 livros, segundo dados facultados pela empresa à agência Lusa.

"Uma década vivida com muito orgulho. E orgulhamo-nos porque os leitores nos fizeram chegar inúmeras vezes o seu agradecimento pelo livro Sextante que tinham lido. E porque a crítica literária e os jornalistas da cultura nos fizeram também regularmente dádiva dos seus elogios", disse, à agência Lusa, João Rodrigues, editor e fundador, da chancela.

O responsável destacou a edição de obras de "duas dezenas de escritores de Língua Portuguesa que mereceram regularmente o reconhecimento dos júris dos prémios PEN, Fernando Namora, Inês de Castro, Sociedade Portuguesa de Autores, Associação Portuguesa de Escritores, do encontro Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, e vários outros".

A Sextante, "com a maior coerência de que foi capaz", editou "obras fundamentais de Rubem Fonseca, Alexandr Soljénitsin, Don DeLillo, Joyce Carol Oates, Jacques Prévert, Eduardo Mendoza, Romain Gary, Edward St’Aubyn, Edmund de Waal, Tomas Tranströmer, Truman Capote, John Barth, John Cheever, Olivier Rolin, Laurent Gaudé, Philippe Claudel, Georges Pérec e Etgar Keret, entre outros", sublinhou o editor.

"O caminho da Sextante, no seio do Grupo Porto Editora, a partir de 2010, tornou-a num catálogo com muito mais capacidade de fazer bem o seu trabalho de programação e de comunicação com os livreiros e com os leitores. É, evidentemente, um caminho sem fim, onde aprendemos todos os dias que se pode sempre fazer mais e melhor", rematou.

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