Hélio Morais, um dos bateristas dos PAUS - grupo que junta dois bateristas a um guitarrista/teclista e a um baixista/teclista - falou com a agência Lusa poucos minutos depois da banda ter aterrado em Amesterdão: antes do concerto de domingo em Bruxelas, a banda toca em Schijndel (na sexta-feira) e em Amesterdão (sábado).

O cancelamento dos concertos, reconhece Hélio Morais, "passou pela cabeça do grupo": "As nossas famílias também ficam preocupadas com isto, e nós próprios também. Mas as coisas têm de ir em frente", disse.

A banda admitiu ser improvável que o concerto de Bruxelas, a decorrer na sala Ancienne Belgique, no centro da cidade, decorresse, mas o próprio diretor da sala comunicou que o mesmo - em que o grupo atua com os norte-americanos Battles - iria em frente.

"Tivemos de alterar o voo de regresso a Lisboa, já não vamos por Bruxelas mas sim por Amesterdão", acrescentou Hélio Morais.

Receio de estar em palco, esse, não existe, até porque o músico acredita que atos de terrorismo como o do Bataclan, em Paris, a 13 de novembro de 2015, num concerto rock, "são acaso" que resulta de uma única justificação: haver um "ajuntamento de pessoas".

Os PAUS estão na estrada a promover "Mitra", terceiro disco de originais, editado em fevereiro.

Hoje, tocam em Bruxelas os também portugueses Throes + The Shine, que atuam no Brussels Art Institute, menos central que o Ancienne Belgique mas espaço também de regular programação de música ao vivo.

Foto: Joana Jesus/SAPO On The Hop