A edição deste ano da feira alemã abriu hoje, e conta com a participação dos escritores portugueses Almeida Faria, Isabela Figueiredo, Rui Cardoso Martins, Miguel-Manso e Marta Chaves, dos autores cabo-verdianos Arménio Vieira e Filinto Elísio, dos brasileiros Bernardo Carvalho e Ricardo Domeneck, e do angolano Kalaf Epalanga.
Referindo-se à edição deste ano, o Instituto Camões, organismo tutelado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros(MNE), em comunicado, definiu-a como “participação lusófona”.
“Portugal apresenta-se pelo terceiro ano consecutivo na Feira do Livro de Leipzig, a segunda maior feira do livro da Alemanha e uma das mais relevantes da Europa”, e “conforme vem sendo estratégia da embaixada de Portugal/Camões em Berlim, a delegação [portuguesa] aposta numa dimensão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), permitindo dar a conhecer ao público alemão o vasto universo da literatura de língua portuguesa”, lê-se no mesmo comunicado.
Referindo-se à edição deste ano, que encerra no próximo domingo, o Palácio das Necessidades refere que está “prevista [a realização] uma conversa com Diana Gomes Ascenso, investigadora da Universidade Livre de Berlim e autora do estudo ‘Resistência Poética no Estado Novo - A Poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen’, moderada por Verena Dolle, da Universidade de Gießen, sobre a obra" da vencedora do Prémio Camões, em 1999, que define como "nome maior da literatura portuguesa".
Na Alemanha, apenas existe uma referência a Sophia, em "algumas antologias poéticas”, acrescenta o MNE.
O ministério adianta ainda que, na atual edição da feira, “será apresentada a primeira edição alemã da autora Hélia Correia, Prémio Camões, em 2015, fruto da sua presença em Leipzig, em 2016”.
Portugal participa desde 2016 na Feira do livro de Leipzig, no Estado alemão da Saxónia, no leste da Alemanha, “no contexto do trabalho que tem vindo a ser feito, na área do Livro, pela embaixada de Portugal em Berlim e pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua.
Este trabalho traduz-se em iniciativas como o convite a editores alemães para se deslocarem à Feira do Livro de Lisboa, a atribuição de uma Bolsa de Residência Literária, um programa de leituras na Feira do Livro de Frankfurt e um trabalho muito próximo com editores, tradutores e festivais do livro e da literatura na Alemanha”.
“A Feira do Livro de Leipzig que, por razões históricas, foi durante anos dirigida para literaturas da Europa central, leste e sudeste, tem vindo a ganhar dinâmica internacional, com 2.493 expositores de 43 países, 285.000 visitantes, dos quais 206.000 no espaço da feira, e 79.000 nas leituras na cidade, 56.500 visitantes profissionais e mais de 3000 jornalistas a reportar sobre a feira e eventos paralelos”, afirma o ministério português.
A Alemanha “é um dos maiores mercados editoriais do mundo, com cerca de 10.000 traduções a serem publicadas anualmente neste país”, conclui o MNE.
Portugal é país convidado da edição deste ano da Feira do Livro de Guadalajara, no México.
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