Num vídeo partilhado no Twitter, Roger Waters disse que a convocatória de Branson é um "truque" que "não tem nada que ver com ajuda humanitária", democracia, liberdade ou as necessidades dos venezuelanos.
"Tem que ver com o facto de que Richard Branson comprou o que dizem os Estados Unidos de 'decidimos tomar o controlo da Venezuela'", acrescenta o músico no vídeo.
O cantor de reggaeton venezuelano Nacho, os espanhóis Alejandro Sanz e Miguel Bosé, os colombianos Carlos Vives e Juanes e o britânico Peter Gabriel, entre outros, oferecerão um concerto a 22 de fevereiro na cidade colombiana de Cúcuta, convocados por Branson, o bilionário fundador do grupo Virgin.
O espetáculo Venezuela Aid Live, que faz parte de uma iniciativa que procura arrecadar 100 milhões de dólares em 60 dias, será realizado um dia antes da data prevista pelo líder opositor Juan Guaidó - reconhecido por meia centena de países como presidente interino - para a entrada da ajuda humanitária no país.
Por outro lado, o governo de Nicolás Maduro anunciou um espetáculo de dois dias, 22 e 23 de fevereiro, na ponte Simón Bolívar, que liga Cúcuta ao povoado venezuelano de San Antonio.
No vídeo, transmitido reiteradamente pela televisão estatal venezuelana, Waters advertiu especialmente a Gabriel que não se deixe "guiar sob engano para uma mudança de regime" no país petroleiro.
"Queremos mesmo que a Venezuela se transforme noutro Iraque, Síria ou Líbia? Eu não", afirmou.
"Tenho amigos em Caracas agora, e por enquanto não há guerra civil, nem caos, nem assassinatos, nem uma ditadura aparente, nem detenções maciças de opositores, nem eliminação da imprensa (...) embora essa seja a narrativa que nos vendem", apontou.
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