Contactado pela AFP, um porta-voz do Spotify indicou na segunda-feira que este lançamento fazia parte dos “testes” que o grupo sueco realiza periodicamente “para melhorar a escuta dos nossos utilizadores”.
"Alguns desses testes abrem caminho para uma implementação mais ampla e outros são usados para uma aprendizagem valiosa", acrescentou o porta-voz, sem mais esclarecimentos.
Os audiolivros já existem há muito tempo na plataforma, mas esta é a primeira vez que o Spotify coloca cópias produzidas pelo próprio grupo, após o teste de Harry Potter na primavera passada.
Foram lançados nove audiolivros na passada sexta-feira, todos em inglês, incluindo "O Despertar" ("The Awakening"), da escritora americana Kate Chopin, lido pela atriz vencedora do Óscar Hilary Swank, e "A Narrativa Da Vida De Frederick Douglass, um Escravo Americano" ("The Life of Frederick Douglass, an American Slave"), uma autobiografia do ex-escravo que se tornou ativista, narrado por Forest Whitaker.
O Spotify também pediu ao YouTuber David Dobrik para ler o clássico "Frankenstein", da escritora britânica Mary Shelley, e contratou a atriz britânica Cynthia Erivo para ler "Persuasão" ("Persuasion"), da escritora inglesa Jane Austen.
As obras, que foram publicadas pela primeira vez online pelo The Hollywood Reporter, são divididas em capítulos curtos que podem ser ouvidas como episódios de um podcast.
Para acompanhar esses audiolivros, o Spotify lançou um podcast intitulado "Sentando-se com os clássicos", na qual Glenda Carpio, professora de literatura americana e inglês na Universidade de Harvard, oferece uma breve análise de cada obra.
No início de maio de 2020, o Spotify publicou na sua plataforma uma versão em áudio do primeiro volume da série literária de Harry Potter, "Harry Potter e a Pedra Filosofal", lida por celebridades, em particular pelo ator Daniel Radcliffe, que interpretou o feiticeiro no cinema.
Em agosto, o grupo postou um anúncio para a contratação de um gestor de audiolivros, sinal da sua ambição recém-conquistada nesse mercado, hoje dominado pela Audible, subsidiária da Amazon.
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