A apresentação do Teatro da Cidade, no palco habitual da Cornucópia, partiu de um convite deste grupo, liderado pelo encenador Luís Miguel Cintra, visando um acompanhamento artístico do trabalho daquele coletivo recentemente formado.

Para a Cornucópia, segundo comunicado divulgado pelo grupo, trata-se de "viabilizar a possibilidade de criação de um grupo de jovens atores que desejam trabalhar em torno de um projeto comum”.

O grupo foi constituído no ano passado por Bernardo Souto, Guilherme Gomes, João Reixa, Nídia Roque e Rita Cabaço, após terem terminado a licenciatura na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa.

“Passado um ano e com a consciência mais clara da identidade do grupo”, como afirmam os jovens atores em comunicado, surge a estreia de “Os Justos”, de Albert Camus, segundo tradução de António Quadros, com um elenco, que, além dos fundadores, inclui André Pardal e Ricardo Alas.

Para o Teatro da Cidade, a companhia de Luís Miguel Cintra e Cristina Reis “é não só uma importante referência, como tem um papel fundamental" na sua formação.

Quanto à escolha do texto “prende-se com a qualidade humanista do pensamento ‘camusiano’”, afirma o Teatro da Cidade.

“O espetáculo surge assim como uma oportunidade para refletir a condição humana, ética e política. Servindo-nos das questões que Camus atribuiu a este grupo de revolucionários russos, no início do século XX, espelhamos em corpos e vozes contemporâneos preocupações iminentes que não se limitam a um lugar ou uma data”, afirma o Teatro da Cidade em comunicado.

O espetáculo fica em cena até 10 de abril.