As brasileiras Anavitória foram premiadas com o Grammy Latino de Melhor Canção em Língua Portuguesa com o tema "Trevo". O tema foi composto por Ana Caetano e Tiago Iorc e faz parte do primeiro álbum, homónimo, da dupla.
"Trevo" soma mais de 28 milhões de reproduções no Spotify, enquanto no YouTube o tema já conquistou mais de 32 milhões de visualizações. Recentemente foi também divulgada uma nova versão deste tema, em parceria com o cantor português Diogo Piçarra.
Na passagem por Portugal, as jovens de Tocantins (Brasil), conversaram com o SAPO Mag sobre a aventura no mundo da música, que começou por acaso, com um vídeo partilhado nas redes sociais. "Eu e a Vitória somos da mesma cidade, no Tocantins, que é um estado brasileiro. Nós conhecemos-nos desde sempre, mas apenas de vista. Aproximamos-nos muito em 2014, quando fiquei muito próxima de uma amiga da Vitória e tinha um canal no Youtube e ela cantava na brincadeira em alguns vídeos. Eu vi um desses vídeos e convidei-a para gravar comigo. Tudo correu bem, gostámos de cantar juntas", recorda Ana.
"Depois, fui viver para longe, noutra cidade, e sempre que nos encontrávamos, combinávamos gravar alguma coisa. Então, gravámos três vídeos na brincadeira, sem qualquer pretensão. E fizemos uma versão de um tema do Tiago Iorc, a Vitória enviou para o agente dele e ele convidou-nos para gravar um EP em São Paulo, com produção do Tiago. Isto foi em janeiro de 2015, em abril lançamos o EP e tudo começou aí. Editamos o disco e um ano depois, estamos cá em Portugal", acrescenta Ana.
Antes de se aventurarem no mundo da música, as duas cantoras estudavam na universidade, recorda Vitória. "Quando gravávamos vídeos para a Internet, era sem qualquer pretensão. Não havia o objetivo de um dia fazer disso a nossa vida, o nosso trabalho, fazer disso carreira. A Ana estudava medicina e eu estudava direito e não pensávamos que isto fosse acontecer. Costumamos dizer que era um sonho dentro de nós e não sabíamos", conta a artista.
A boa aceitação que teve o primeiro EP, editado em 2015, foi o principal motivo para que as Anavitória continuassem a trabalhar no mundo da música. "Desde do EP, que saiu em abril de 2015 e que recebeu uma boa aceitação pelas pessoas, até hoje tudo foi muito natural. O EP foi muito experimental, para ver se ia resultar ou não. Foi muito pela resposta das pessoas que decidimos continuar o trabalho, fazer o disco e viver da música", conta Vitória.
Já a preparar o segundo disco, Ana confessa que as influências podem vir de todos os estilos. "No Brasil, gosto muito de Mallu Magalhães e do Nando Reis. Mas nós ouvimos um pouco de tudo: ouvimos sertanejo, MPB e muita música pop. Tudo nos influencia. No final das contas, é um somatório de várias coisas que faz com que o nosso som exista", explica.
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