"Quando o primeiro século da Dinastia Targaryen estava a acabar, a saúde do velho rei, Jaehaerys, estava em declínio. Naquela época, a Casa Targaryen estava no auge do seu poder. Com dez dragões adultos sob o seu comando, nada no mundo lhe podia fazer frente", resume uma voz no arranque do primeiro episódio de "House of the Dragon", que chegou esta segunda-feira, dia 22 de agosto, à HBO Max.
Baseada em "Fogo e Sangue", do escritor norte-americano, a série, que se passa cerca de 200 anos antes dos acontecimentos de "A Guerra dos Tronos", conta a história da Casa Targaryen.
Segundo o showrunner Miguel Sapochnik, a trama resume-se de forma simples: "Duas mulheres e dois homens. Há o rei (Viserys), o seu irmão (Daemon), a filha do rei (Rhaenyra) e sua melhor amiga (Alicent). Então, a melhor amiga torna-se na esposa do rei e, portanto, rainha. Isso por si só é complicado – quando o teu melhor amigo se casa com teu pai. Mas das coisas mais pequenas, evolui lentamente para uma batalha gigantesca entre os dois lados".
No arranque do episódio "The Heirs of the Dragon", ficámos a conhecer um pouco da história do rei Jaehaerys, que contou com um longo reinado de 60 anos. Mas, tragicamente, ambos os filhos morreram, deixando a sucessão em risco. Para tentar resolver o futuro, no ano 101, o velho monarca convocou um Grande Conselho para escolher o herdeiro - é com este conselho que arranca a prequela de "A Guerra dos Tronos".
A princesa Rhaenys Targaryen, a descendente mais velha do rei, e o príncipe Viserys Targaryen, o primo mais novo, foram as duas hipóteses para receber a coroa. Como seria de esperar numa sociedade dominada por homens, Viserys foi proclamado Príncipe de Pedra e do Dragão.
O episódio salta depois para o nono ano de reinado do rei Viserys I, 172 anos antes da morte do Rei Louco Aerys e do nascimento da sua filha, a princesa Daenerys Targaryen. E, cerca de dois minutos depois do arranque do episódio, vemos o primeiro dragão e o trabalho da equipa de efeitos especiais - tal como em "A Guerra dos Tronos", a HBO abriu os bolsos para apresentar uma grande produção.
Nos primeiro minutos da série ficámos a conhecer a jovem princesa Rhaenyra Targaryen, interpretada por Milly Alcock, e a sua amiga Alicent Hightower ( Emily Carey) - a meio da temporada, há um salto de 10 anos e os papéis são assumidos por Olivia Cooke e Emma D'Arcy, respetivamente.
A paz e a tranquilidade mantida por Viserys, como seria de esperar numa história criada por R. R. Martin, não dura muito e o drama começa a dar sinais logo no primeiro episódio. Tal como em "A Guerra dos Tronos", as intrigas, os jogos de bastidores, a política e golpes prometem aquecer a história.
Como faz antever a sinopse, Rhaenyra Targaryen é uma das figuras centrais da trama e, nas redes sociais, as comparações com Daenerys multiplicam-se. "Ela está constantemente em desacordo com o mundo à sua volta porque não lhe é dada a liberdade de falhar e nem lhe é concedido um tipo de privilégio porque ela tem de ser o que todos esperam dela”, adiantou Milly Alcock, atriz que veste a pele da personagem, ao SAPO Mag. “Está constantemente a tentar provar que é melhor ou tão boa quanto um homem”, sublinhou.
No primeiro episódio ficámos também a conhecer Daemon, irmão do Rei, que ambiciona chegar ao Trono de Ferro. Tal como é comum entre os Targaryen, a personagem de Matt Smith promete contribuir com muito drama e conflitos que vão destabilizar a família e o reino.
Ao final da primeira hora, todas as peças principais da história estão em jogo e "House of the Dragon" promete tornar-se num complexo jogo de xadrez político, entrelaçado com dramas familiares. Tal como em "A Guerra dos Tronos", o episódio conta com cenas de violência , sexo, nudez, mortes sangrentas - há cabeças a rebolar, claro -, traições e, claro, dragões.
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