Momentaneamente afastado da TV, depois de uma pouco amistosa rescisão contratual com a SIC, Herman José desce ao país real e prepara-se para uma série de espectáculos em vários pontos de Portugal. Ainda antes do Verão, o famoso artista lançará um disco sintomaticamente intitulado «Adeus, Vou Ali Já Venho».

Nesta entrevista a SapoTV, Herman, de 55 anos de idade, fala dos seus projectos pessoais e profissionais.

Recentemente, foi rescindido o contrato que o ligava à SIC. Quando voltará à televisão? Em que canal?

Nesta fase é difícil fazer futurologia. Estou no auge das minhas capacidades artísticas e faço tenções de não esbanjar este terceiro acto da minha vida. Irei para onde seja desejado, e onde possa ser útil.

Se tivesse plenos poderes e todos os meios necessários, que programa de TV gostaria agora de fazer?

Não tinha a mínima dúvida em refazer o Herman98 no Tivoli. Faz falta um programa assim.

Como ocupa actualmente o seu dia-a-dia?

Estou obsessivamente e preparar um disco que sairá ainda antes do Verão, de seu título "Adeus, Vou Ali Já Venho". Para além disso tenho espectáculos por todo o país.

A crise económico-financeira do país (e do mundo) afectou-o directamente? Perdeu dinheiro na Bolsa?

Nunca joguei na Bolsa. Mas confesso que ter estado três meses a preparar uma encomenda da SIC, que acabou cancelada sem apelo nem agravo, teve efeitos devastadores. É uma sensação que não desejo ao pior dos meus inimigos.

Aqui há dias, o dr. Francisco Balsemão decidiu reduzir em 10 por cento o seu salário na SIC, durante um ano, como forma de combater a crise na sua empresa. Acha que é um exemplo a ser seguido pelos grandes administradores portugueses?

Esta é a pior das fases para me fazerem perguntas sobre o empresário que me considerou um objecto descartável. Quando o choque passar, respondo.

Acha que já tem dinheiro suficiente para poder levar uma vida confortável na idade da reforma, ou está preocupado com esse futuro?

Tudo depende do estilo de vida. Eu sou demasiadamente ambicioso para baixar as armas. Hei-de trabalhar para os meus luxuosos "disparates" até morrer!

Se fosse chefe do Governo de Portugal, com plenos poderes e sem forças de bloqueio, que medidas tomaria de imediato?

Vendia Portugal ao José Eduardo dos Santos. A bom preço.

Quantos amigos verdadeiros acha que tem?

Os dedos de duas mãos, chegam.

Tem um livro de cabeceira?

Não. Mas tenho muitos DVDs de cabeceira. Neste momento estou a rever a cinematografia da Zarah Leander.

Qual é o livro da sua vida? E o filme inesquecível?

O livro da minha vida é o... de cheques. O filme, o "Sunset Boulevard".

O que é, para si, um dia perfeito?

Um dia de sol, no mar, entre sumos, amor, música e saladas.

Já marcou férias de Verão? Onde? Sozinho ou bem acompanhado?

Este vai ser um Verão cheio de espectáculos com alguns dias de lazer pelo meio.