Há cerca de dez anos, a notícia de que o realizador David Fincher ia fazer um filme sobre o Facebook foi recebida com espanto e até ridicularizada em alguns setores.
Que interesse podia ter a rede social para o realizador que acabara de ser nomeado para os Óscares por "O Estranho Caso de Benjamin Button" e tinha feito "Sete Pecados Mortais", "Clube de Combate", "Sala de Pânico" e "Zodiac"? Apesar do argumento ser do aclamado Aaron Sorkin, o criador da série "Os Homens do Presidente" (entre outros créditos)?
Foi preciso esperar por "A Rede Social" (2010) para descobrir que a complexa história à volta da criação de Mark Zuckerberg, e o próprio, tinha material suficiente para justificar um filme e o interesse de Fincher.
Seguiu-se o sucesso do público, os elogios dos críticos e vários prémios, incluindo três estatuetas da Academia (uma delas para Sorkin). E certamente despertou uma nova geração de empreendedores.
Agora, com mais de dois mil milhões de utilizadores e muito mais de receitas, Aaron Sorkin conta que Hollywood aumenta a pressão para ele continuar a história a cada novo escândalo com a empresa de Mark Zuckerberg.
"Primeiro que tudo, sei muito mais sobre o Facebook em 2005 do que em 2018, mas sei o suficiente para saber que devia haver uma sequela", revelou numa entrevista recente à Associated Press.
"Aconteceram coisas dramáticas muito interessantes desde que o filme termina com o acordo dos processos judiciais dos gémeos Winklevoss e Eduardo Saverin", acrescentou.
Segundo Sorkin, um dos que se mostra mais determinado na pressão para que comece a trabalhar num novo argumento é Scott Rudin, produtor do primeiro filme e um dos mais importantes do mundo do cinema.
"Recebi mais do que um email dele com um artigo em anexo a dizer 'Não é altura para uma sequela?'", explicou.
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