Armie Hammer continua a sua trajetória de regresso após a sua carreira ter implodido há quatro anos por causa de vários escândalos sexuais.
Segundo a revista Variety, o ator norte-americano de 38 anos conseguiu o papel de protagonista de “The Dark Knight” [“O Cavaleiro das Trevas”, em tradução literal].
O papel é de um homem que decide fazer justiça pelas próprias mãos e começa a caçar criminosos. A sua cruzada transforma-o num fenómeno nas redes sociais e um herói aos olhos do público, mas o chefe da polícia local vê-o como uma ameaça à sociedade e quer acabar com a sua 'carreira'.
Com rodagem marcada para arrancar na Croácia a 27 de janeiro, “The Dark Knight” é escrito e realizado por Uwe Boll, uma figura de culto: o alemão de 59 anos foi galardoado em 2009 com o prémio de carreira de "Pior Realizador Vivo do Planeta" pelos Razzie Awards, popularmente conhecidos como os "Óscares para os piores".
Na sua prolífica carreira de 37 filmes estão títulos como "Em Nome do Rei" (2007), com Jason Statham, “Postal” (2007), "Darfur" (2009), "Assalto em Wall Street" (2013) e a trilogia "Rampage" (2009-2016). Um filme recente, "First Shift", foi um sucesso surpreendente em dezembro na plataforma de streaming americana Paramount+.
Embora o título “The Dark Knight” possa originar confusão com outro muito importante de 2008 com Christian Bale e Heath Ledger, o produtor executivo Michael Roesch garantiu à revista que "o nosso filme é muito diferente do que foi feito pelo Christopher Nolan, portanto não há perigo de confusão".
Em janeiro de 2021, uma conta anónima nas redes sociais revelou mensagens privadas com detalhes gráficos sobre as fantasias sexuais canibalistas com antigas namoradas de Armie Hammer. Várias mulheres com quem manteve relações extra-matrimoniais fizeram alegações de violação, mas após uma longa investigação, o Ministério Público de Los Angeles decidiu não avançar com acusações em junho de 2023 por falta de provas sólidas.
Não obstante, o ator de "A Rede Social" e "Chama-me Pelo Teu Nome", que sempre garantiu que todas as relações foram consensuais, já fora despedido pela agência que o representava e perdera os projetos de Hollywood em que estava envolvido, chegando a vender 'timesharing' nas Ilhas Cayman para se sustentar.
Num podcast lançado no início do ano, o ator disse que a perceção de Hollywood sobre ele estava a começar a mudar.
"A situação está a mudar, leva tempo. É lento, mas geralmente agora a conversa quando o meu nome surge entre as pessoas da indústria é: ‘Lixaram aquele tipo’. E isso sabe mesmo bem. É realmente encorajador.”, disse no episódio do 'podcast' “Your Mom’s House”, lançado a 1 de janeiro (citado pela Variety).
O ator já terminou "Frontier Crucible", um western de produção independente que foi o seu primeiro trabalho após o escândalo, e tem outro filme a caminho com rodagem nas Filipinas na primavera.
Em negociações estará ainda uma potencial série de TV em que o seu envolvimento já terá sido aceite pelo “chefe de um estúdio”.
Hammer revelou que está tão ocupado que já está a "recusar trabalho".
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