Na Primavera, os inúmeros fãs de Harry Potter verão concretizados um dos seus sonhos: poderão visitar os bastidores dos oito filmes do herói, percorrer os passos das personagens, descobrir o Ministério da Magia e a cabana do gigante Hagrid, entender como o jovem bruxo voa... Tudo nas proximidades de Londres.
A atração turística
«The Making of Harry Potter», que poderá receber até 5.000 pessoas por dia, situar-se-á em Watford, ao lado dos verdadeiros estúdios onde foram rodados os oito filmes do pequeno feiticeiro.
Durante 11 anos,
Daniel Radcliffe (Harry),
Emma Watson (Hermione) e
Rupert Grint (Ron) cresceram naquele lugar. «As pessoas vão realmente ficar impressionadas ao verem o ambiente incrível em que trabalhámos todos estes anos», disse Radcliffe.
Alguns cenários nunca foram desmontados para poderem ser utilizados em todos os filmes. É o caso do dormitório dos jovens, projetado para crianças de 10 anos, e cujas camas, nos últimos filmes, não puderam ser ocupadas pelos atores já que estavam muito crescidos.
«Geralmente um cenário dura pouco tempo, nós montamos, desmontamos e acabou, passamos para o seguinte», explica
Michael Finney, consultor do projeto. A Warner Bros comprou os estúdios Leavesden em novembro de 2010, e na época foi anunciado o investimento de 115 milhões de euros no local.
Hoje, pedreiros e pintores ocupam os 14.000 metros quadrados de espaço da nova atração. A parte central já está montada: o imenso cenário do Hall de Hogwarts, a escola de magia, com seu piso de arenito e suas estátuas imponentes, escurecidas por verdadeiras chamas durante as filmagens.
Para ser fiel à história, o diretor artístico dos filmes,
Stuart Craig, encorajou os figurantes a escavarem desenhos nas enormes mesas de madeira de pinheiro e carvalho no refeitório, onde os talheres foram mergulhados em ouro.
«Há detalhes mínimos que não são percetíveis nos filmes, e que só quando os visitantes passarem pelos cenários se darão conta de todo o trabalho que existiu nos bastidores», disse Rupert Grint.
Por exemplo, «no escritório de Dumbledore (o diretor Hogwarts), todos os livros têm encardenações e títulos diferentes, não são feitos de papelão uniforme», afirmou Stu Frith, assessor de imprensa.
Os visitantes - que vão poder comprar as entradas a partir de 13 de outubro de 2011 - irão descobrir os efeitos especiais necessários para que os bruxos voassem, lançassem feitiços e enfrentassem monstros como Aragog, a aranha gigante.
John Richardson, o diretor de efeitos especiais para todos os filmes de Harry Potter e vários de James Bond, utilizou menos tecnologia digital que o esperado: os atores montaram mesmo em vassouras verdadeiras... e eles próprios utilizaram aparelhos de simulação de voo. «Quando os atores eram pequenos e leves, bastava-nos fixar selins de bicicleta nas vassouras» contou. «Depois, para conseguir mais estabilidade, fabricámos selins únicos, moldados nas nádegas em posição de voo de cada ator que descolou».
Harry Potter é o herói da saga de maior sucesso da história da literatura e do cinema, com mais de 400 milhões de livros vendidos e mais de quatro biliões de euros de bilheteira no cinema.
@AFP
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