A propósito do arranque da nova temporada, que começa no dia 1 de setembro e que trará de volta as cinco sessões diárias, a
Cinemateca comunicou hoje ao público que «fará uma ligeira atualização do preço dos bilhetes nas salas Dr. Félix Ribeiro e Luís de Pina».

O preço atualizado de três euros «será também aplicado aos bilhetes dos adultos nas sessões de cinema no Salão Foz, na Cinemateca Júnior» e os bilhetes dos adultos para os ateliês de família na Cinemateca Júnior passarão a custar seis euros, refere a instituição, acrescentando que manterá inalterados os preços sujeitos a descontos especiais para Amigos da Cinemateca, estudantes de Cinema, estudantes, portadores de Cartão Jovem, maiores de 65 anos e menores de 16 anos e grupos escolares que frequentem as sessões da Cinemateca Júnior.

Em entrevista à agência Lusa a 11 de agosto, a diretora da Cinemateca,
Maria João Seixas, não descartara a possibilidade de vir a aumentar «um bocadinho o preço dos bilhetes», ressalvando, porém, que este não deixaria de ser «simbólico».

«Só assim é que podemos acolher as pessoas que acolhemos diariamente em todas as sessões, pessoas que não poderiam vir, que não vão às salas de cinema pelo custo dos bilhetes e não poderiam vir cá quase todos os dias, como vêm. Isso é um ponto de honra para nós», afirmou na altura.

Há dois dias, na mesma página oficial, a direção da Cinemateca Portuguesa dirigiu-se ao público para dizer que «uma parte» das «alterações decorrentes do contexto financeiro e administrativo» estão agora «ultrapassadas» – referindo, em concreto, o regresso das cinco sessões diárias nas duas salas principais, que estavam reduzidas a três sessões desde abril.

Mas, sublinhou a direção, «uma vez que o enquadramento legal, administrativo e financeiro se manteve inalterado, estas medidas não significam» que a «vida interna» da Cinemateca tenha «regressado à normalidade anterior».

Na mesma entrevista à Lusa, a 11 de agosto, Maria João Seixas já tinha vincado isso mesmo: «As limitações mantêm-se (…). As cativações de verbas, o congelamento das rubricas continuam, na Cinemateca, como noutros institutos, a condicionar muito aquilo que era estatutariamente, e é, a nossa autonomia administrativa e financeira».

Resumindo, dizia a responsável, a Cinemateca continua «a meia haste», porque tem «metade do dinheiro» para gastar em programação – «e metade é muito para uma casa que tem um acervo de filmes reduzido».

@Lusa