O Cine-Teatro Gardunha, no Fundão, distrito de Castelo Branco, fica concluído até ao final de 2024, revelou o presidente da Câmara Municipal, Paulo Fernandes.

Segundo o autarca, a requalificação do edifício, localizado no centro da cidade, “está a cerca de 60% da sua intervenção”.

“Irá ser concluído no espaço de um ano a ano e meio, é essa a nossa meta para a abertura”, informou Paulo Fernandes, em declarações à agência Lusa.

O presidente do município acentuou tratar-se de um investimento superior a quatro milhões de euros, comparticipado em 85% por fundos comunitários, que vai transitar do quadro comunitário Portugal 2020 para o Portugal 2030.

De acordo com Paulo Fernandes, o Cine-Teatro Gardunha “já estaria quase pronto se não fossem as contingências terríveis do tempo em que está em obra”.

Mencionou também que, além dos constrangimentos com a mão-de-obra, “as cadeias logísticas deixaram de funcionar”, o que teve impacto nos materiais e no “aumento brutal dos preços”, motivos que levaram à diminuição do “ritmo das intervenções”.

O edifício, localizado na Avenida da Liberdade, no Fundão, foi inaugurado em 1958, mas está encerrado desde 1987.

A requalificação do imóvel prevê um auditório para 510 pessoas e uma plateia amovível, adaptável a vários tipos de espetáculo, que pode chegar aos 1.500 lugares, além de salas complementares, uma praça interior em galeria, um terraço.

Será possível realizar várias atividades em simultâneo.

O presidente considerou que o espaço, intervencionado no âmbito do Programa Estratégico de Desenvolvimento Urbano do Fundão, “vai posicionar-se muito bem” dentro do circuito de salas da região.

“Nós já somos conhecidos por uma oferta cultural muito eclética, mas, seguramente, o Cine-Teatro é a cereja do Fundão em cima do bolo que nos falta”, acrescentou Paulo Fernandes.

O concurso público da obra foi lançado em fevereiro de 2020, com um prazo previsto de execução de 18 meses.

Encerrado há 36 anos, existiram, ao longo dos anos, outros projetos de recuperação para o edifício, que não se concretizaram, devido a um diferendo com os proprietários do imóvel.

O conflito arrastou-se em tribunal e ficou resolvido em 2014, quando a autarquia ficou com a posse definitiva do Cine-Teatro Gardunha.