"Paris Paramount" é o título provisório de uma nova comédia romântica para a Netflix da realizadora Nancy Meyers.

Este é o regresso da rainha das comédias românticas atrás das câmaras em Hollywood: escreveu os argumentos de filmes como "Loucuras de Uma Recruta" (1980), "Uma Mulher dos Diabos" (1986), "Quem Chamou a Cegonha" (1987) e a nova versão de "O Pai da Noiva" (1991) e da sequela (1995), a maioria deles realizados pelo então marido Charles Shyer.

Já como realizadora, destaca-se um título muito popular protagonizado por Mel Gibson e Helen Hunt: "O Que As Mulheres Querem" (2000).

Acumulando o argumento com a realização, houve outros trabalhos: "Pai para Mim... Mãe para Ti..." (1998), "Alguém Tem que Ceder" (2003), "O Amor não Tira Férias" (2006), "Amar... é Complicado!" (2009) e "O Estagiário" (2015), o seu último filme.

Segundo a imprensa especializada norte-americana, Scarlett Johansson, Penélope Cruz, Michael Fassbender e Owen Wilson serão os protagonistas do novo projeto, embora os seus contratos ainda não estejam fechados porque o orçamento do filme está a ser negociado.

Fala-se de valores entre os 100 e 150 milhões de dólares, um valor elevado comentado com humor: as famosas casas e cozinhas que se veem nos filmes de Nancy Meyers não ficam baratas.

Também são valores difíceis de rentabilizar nas bilheteiras, o que explica a importância da Netflix: o género praticamente desapareceu dos cinemas após o fracasso de "Tens a Certeza?", um filme de James L. Brooks que custou 120 milhões lançado em 2010 com Reese Witherspoon, Paul Rudd, Jack Nicholson e precisamente Owen Wilson.

Com rodagem prevista para começar em Los Angeles em maio, a história anda à volta de Hollywood: uma talentosa jovem argumentista e realizadora apaixona-se por um produtor, formando uma dupla que faz vários filmes de sucessos até acabar a relação profissional e pessoal. Mas um grande projeto não só vai voltar a juntá-los como obrigá-los a lidar com as suas voláteis estrelas e tudo o que está em jogo.

Esta descrição revela alguns paralelos com a própria vida de Meyers e da relação pessoal e profissional com Charles Shyer.