Com 3.858 casos confirmados e 148 vítimas do coronavírus, a Itália é, atualmente, o terceiro país do mundo com maior número de infeções e o segundo em termos de mortes.

Para controlar a epidemia, o governo italiano determinou na quinta-feira (5) medidas extraordinárias para evitar que o vírus se propague e o sistema de saúde entre em colapso.

Entre elas estão o fecho de escolas e universidades, algo que nunca aconteceu, nem sequer durante a Segunda Guerra Mundial, apesar dos bombardeamentos dos Aliados.

Também todas as competições desportivas devem ser disputadas à porta fechada até 3 de abril. Outros eventos culturais foram suspensos ou cancelados.

O primeiro-ministro Giuseppe Conte incentivou todos os italianos a limitar os contactos sociais, manter distância de um metro das pessoas, lavar as mãos com frequência, espirrar no cotovelo e evitar abraços e beijos.

As salas de cinema nas zonas mais afetadas já estão fechadas e agora as restantes tentam evitar o mesmo desfecho por causa das novas medidas.

Para cumprir a que determina manter um metro de distância, Mario Lorini, o presidente da ANEC, a associação nacional de exibidores em Itália, fez as contas: como cada lugar tem cerca de 60Coronavírus, coronaviruscentímetros, a solução é deixar dois vazios de cada lado e um imediatamente do que estiver ocupado nas filas de trás e da frente.

Desta forma, os cinemas passam a operar a 30% da sua capacidade, embora a associação avance que ainda é muito cedo para perceber quais as salas "que se vão manter abertas e as que vão optar por suspender a atividade".

A ANEC ainda está em conversações com as autoridades para a correta interpretação das novas medidas e do que é ou não autorizado, mas o seu presidente admite que estava à espera que fossem muito mais restritivas.

Ainda assim, ele salienta que a situação está em evolução: "os cinemas têm diferentes formas e feitios, grandes e pequenos, precisamos saber como é que cada exibidor consegue cumprir a lei e manter-se aberto".

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