A França foi um dos primeiros países a acolher Martin Scorsese de braços abertos - o seu "Taxi Driver" recebeu a Palma de Ouro do Festival de Cannes em 1976 - e o realizador retribuiu a atenção esta terça-feira com  a sua presença na inauguração de uma grande exposição de homenagem na Cinemateca Francesa em Paris.

A "Exposição Scorsese" foi fundada em 2013 em Berlim, já passou por Turim e Genebra e é a maior já dedicada ao lendário cineasta de 72 anos, traçando meio século da sua carreira.

"Esta é a primeira vez que a vejo", reconheceu durante a conferência de imprensa. "Não esperava que fosse de tal magnitude, nem ver alguns dos meus pertences pessoais. Perguntava-me por onde andavam!"

"Foi difícil e muito comovente. Nunca pensei que vocês expusessem a mesa da sala de jantar da minha mãe, nunca!", recordando as muitas personalidades que jantaram com os Scorsese.

Para além da mesa de Catherine Scorsese, ainda é possível ver por exemplo o traje de Leonardo DiCaprio em "Gangs de Nova Iorque", o vestido de cor amarela que Cate Blanchett usou como Katharine Hepburn em "O Aviador" ou uma reprodução da televisão onde viu tantos filmes durante a infância, bem como imagens, cartazes e outros objetos, nomeadamente desenhos da coleção pessoal do cineasta.

Na exposição dividida em cinco partes que pode ser visitada até 14 de fevereiro os fãs podem ainda conhecer melhor os métodos graças aos argumentos, notas de trabalho, desenhos e storyboards, bem a génese do "herói scorsesiano", da sua espiritualidade à violência, começando com as origens ítalo-americanos de Scorsese.

Várias personalidades da vida artística e política da França estiveram presentes na inauguração privada da coleção.

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