«Tem sido horrível, mas ainda cá estamos todos!», exclamou Teji, um jovem que viajou na véspera de Leeds, mais de 300 quilómetros no norte de Inglaterra, de propósito para assistir ontem de perto à cerimónia.
Acompanhado da amiga Georgia, enfrentaram o mau tempo durante a quarta-feira e desde as 07:00 de hoje, mas foram recompensados com uma pulseira para entrarem no espaço onde puderam ver todos os artistas da saga, que percorreram o tapete vermelho para assistir à antestreia de
«Harry Potter e os Talismãs da Morte - Parte 2», o último filme da saga.
A passadeira vermelha começou em Trafalgar Square, porque Leicester Square, onde se situam as salas de cinema que normalmente acolhem as estreias dos grandes filmes, está em obras e é uma praça mais pequena.
Foi montado um palco, um ecrã gigante, colunas de som e holofotes e foi ali que chegaram os protagonistas -
Daniel Radcliffe (Harry Potter),
Emma Watson (Hermione) e
Rupert Grint (Ron) - e restantes convidados.
Na área circularam centenas de pessoas, algumas das quais vestidas à feiticeiro ou com cachecóis e gravatas vermelhas e amarelas - as cores de Gryffindor, a ala do colégio de feiticeiros Hogwarts a que pertencem Harry Potter, Hermione e Ron.
Mas o acesso ao centro da praça esteve limitado às pessoas que conseguiram uma das 8.000 pulseiras distribuídas e pelas quais várias centenas «acamparam» durante dias no local. Teji e Georgia tiveram sorte, porque não passaram a noite ao relento nem à chuva, nem fizeram uma viagem tão longa como outros admiradores que viajaram de propósito dos Estados Unidos e outros países.
«É o último [filme] e marca uma espécie de fim da nossa infância, porque crescemos com eles [os actores], por isso tínhamos de os ver», justificou o adolescente inglês.
De mais longe chegaram Priscila, Jenifer e o irmão Alison, jovens brasileiros que fizeram uma escala na capital britânica durante uma viagem à Europa para coincidir com o acontecimento. «Eu sou fã há mais de dez anos, li todos os livros e vi todos os filmes, sempre acompanhado pelo meu irmão», contou Jenifer.
Menos sorte tiveram quatro adolescentes de Bedfordshire, nos arredores norte de Londres, que chegaram de manhã sem saber que só chegariam perto da acção se tivessem pulseiras. «Não sabíamos nada das pulseiras, pensávamos que era tudo aberto como todas as estreias», lamentou Rachel.
«E nunca pensámos que existiriam estas barreiras gigantes para tapar a visão», acrescentou Sophie, vestida a rigor com capa preta de feiticeiro e capuz, útil para proteger da chuva.
«Harry Potter e os Talismãs da Morte – Parte 2», que chega oficialmente às salas portuguesas no dia 14, é o oitavo e último filme da saga.
SAPO/Lusa
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