Durante uma semana, com sessões em cinco espaços da cidade do Porto, o festival quer "dar a conhecer histórias e realidades frequentemente marginalizadas", como sustenta o festival, em nota de imprensa, sobre a oitava edição.

Entre os 120 filmes selecionados estão, na abertura no cinema Batalha, a longa-metragem austríaca "Gina" (2024), de Ulrike Kofler, sobre "três gerações de mulheres marcadas pela negligência familiar", e "Silence of Reason" (2023), documentário de Kumjana Novakova, que "resgata as experiências das mulheres nos campos de violação de Foča durante a guerra na Bósnia-Herzegovina".

No Porto Femme acontecerá ainda a estreia mundial do documentário "Guardadoras de Histórias, Guardiãs da Palavra" (2024), de Raquel Freire e do projeto de investigação WOMENLIT, e que, segundo o festival, "dá voz a escritoras do Atlântico afro-luso-brasileiro, abordando memória, resistência e criação literária".

O festival promove ainda, pela primeira vez, o "Encontro de Bárbaras", para que produtoras e realizadoras possam apresentar projetos ao setor, e atribui o Prémio Sociedade ao Clube Safo, "em reconhecimento do seu ativismo e compromisso com a justiça social".

Nesta edição, o Porto Femme vai homenagear a realizadora portuguesa Rita Azevedo Gomes, reconhecendo-lhe a "abordagem singular na sétima arte" e a "notável contribuição" para o cinema independente.

Até 13 de abril, o festival internacional de cinema Porto Femme reparte-se pelo Batalha Centro de Cinema, Casa Comum, Maus Hábitos, Passos Manuel e Universidade Lusófona do Porto.