O festival de cinema de Veneza, que vai celebrar a sua 77ª edição de 2 a 12 de setembro, terá um programa "reduzido" devido à COVID-19, informaram os organizadores esta terça-feira (7).
"Estou muito satisfeito que a Mostra possa ser realizada com uma redução mínima de títulos e secções", anunciou o diretor do festival, o crítico de cinema italiano Alberto Barbera.
"Sem esquecer as muitas vítimas dos últimos meses, o primeiro festival internacional a ser realizado após a interrupção forçada imposta pela pandemia adquire o significado de um reinício, uma mensagem de otimismo para o mundo do cinema tão atingido pela crise", afirmou em comunicado.
Os organizadores especificaram que a seleção oficial terá "entre 50 e 55 filmes de todo o mundo", que serão exibidos "nas salas tradicionais" do Lido e respeitando "as medidas sanitárias estabelecidas" pelas autoridades, incluindo o uso de uma máscara e distanciamento social.
No ano passado, o número de filmes selecionados oficialmente para as diversas secções da Mostra foi de 63 títulos, embora tradicionalmente sejam exibidos filmes paralelos e eventos não oficiais, chegando a cerca de 200.
O festival "fornecerá a visão geral habitual do melhor que a indústria cinematográfica produziu nos últimos meses, graças à resposta extraordinária que cineastas e produtores deram, apesar das difíceis condições de trabalho", reconheceu Barbera.
Os organizadores confirmaram a realização da competição principal, sem especificar o número de filmes ou títulos.
Também estão programadas as secções Orizzonti (Horizontes), entre as mais inovadoras, Biennale College, e alguns filmes convidados na secção Fora de Competição.
"Uma grande presença de autores e atores acompanhará os filmes no Lido, enquanto as conferências de imprensa serão realizadas on-line com aqueles que não poderão participar pessoalmente devido às restrições ainda em vigor para as viagens", disse Barbera.
A lista de filmes selecionados será divulgada a 28 de julho durante uma conferência de imprensa.
Na semana passada, Barbera confirmou no Instagram que a Mostra também terá o tradicional desfile de estrelas na passadeira vermelha, embora com as precauções necessárias para a pandemia.
Fotojornalistas e fãs poderão assistir ao desfile de estrelas e cineastas de cada estreia, como costuma acontecer todos os anos à frente ao Palácio do Cinema no Lido, o coração do festival.
"Será uma edição com características únicas na sua história e é por isso que será lembrada", confessou Barbera em maio.
Espera-se a confirmação da presença da atriz australiana Cate Blanchett, presidente do júri, que reside na Inglaterra.
Além das salas tradicionais, duas arenas ao ar livre no Lido serão montadas para respeitar as medidas impostas para evitar a disseminação da COVID-19.
Os organizadores adiaram para 2021 a Bienal de Arquitetura e para 2022 a Bienal de Arte.
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