Depois de "uma longa jornada" iniciada em outubro, o DocLisboa cumpre a última etapa da 18.ª edição a partir desta quarta-feira com a exibição de 15 filmes em sala, na Culturgest, em Lisboa, contando com várias estreias, entre as quais "Visões do império", de Joana Pontes, sobre colonialismo português em África.

O encerramento, no dia 10, será com o filme "Paris Calligrammes", da cineasta e artista visual alemã Ulrike Ottinger.

Olhando para esta edição, sem competição, sem prémios, com a programação repartida em vários módulos mensais com sessões em sala, e que em janeiro teve de se mudar para o 'online' por causa do segundo período de confinamento, Miguel Ribeiro reconhece o espírito de resistência e sobrevivência do festival.

"Esta edição estava preparada e pensada para reagir aos tempos [...], mas sempre com entusiasmo pelas possibilidades que estávamos a experimentar, novas formas de estabelecer relações com o público", disse.

Segundo dados da organização, as sessões de cinema deste DocLisboa, em sala e 'online', contaram com cerca de 24 mil espectadores, considerado satisfatório tendo em conta, segundo Miguel Ribeiro, o cansaço das pessoas em relação às atividades virtuais.

"Encontrámos um modelo que saía dessa existência 'online', porque havia o encontro diário entre os filmes, os realizadores e o público", disse.

"É acreditar que um festival é, antes de tudo, um lugar de encontro e de proposta de reflexão a partir dos filmes. Mimetizar isso, da forma possível, foi o principal desafio, mais do que por os filmes disponíveis para o público. Ter o público a participar ativamente nos debates foi muito importante e comove-nos quase", admitiu Miguel Ribeiro.

Esta 18.ª edição conclui-se com sessões em sala numa altura em que a organização está já a programar o próximo DocLisboa, que retomará o calendário habitual, de 21 a 31 de outubro, e novamente com as secções competitivas.

"A nossa expetativa é que o festival aconteça na sala de cinema. A nossa ideia é trabalhar para o que festival se apresente como o público está habituado a vê-lo", adiantou.

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