O 14.º Festival Internacional de Curtas de Macau arranca hoje com quase 140 curtas-metragens, incluindo seis de Portugal e três do Brasil, numa edição marcada pelo regresso à cidade de realizadores estrangeiros após a pandemia.
O evento vai contar com a presença da sueca Alexa Landgren e do alemão Malte Stein, ambos membros do grande júri, assim como de outros realizadores estrangeiros cujas curtas estão entre as 126 finalistas, disse hoje a diretora do festival, Lúcia Lemos, numa conferência.
Landgren e Stein vão ainda dar duas masterclasses, em 12 de dezembro, sobre como fazer cinema com um orçamento reduzido e sobre filmes de animação, respetivamente.
Lançado em 2010, pelo Creative Macau e pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau (IEEM), o Festival Internacional de Curtas Metragens de Macau apresenta produções independentes de reduzido orçamento.
Durante a conferência de imprensa, o presidente do IEEM, José Luís de Sales Marques, sublinhou a vinda de realizadores estrangeiros ao festival, pela primeira vez desde 2019, antes do início da pandemia de covid–19.
"Estamos muito contentes por podermos contar, não 'online', mas ao vivo, com a presença de realizadores que fazem parte deste festival. É caso para celebrar", disse Sales Marques.
Macau, que à semelhança da China continental seguia a política 'zero covid', anunciou em dezembro de 2022 o cancelamento da maioria das medidas de prevenção e contenção, depois de quase três anos de rigorosas restrições.
A seleção oficial do Festival vai apresentar as 126 curtas da competição internacional “Shorts”, divididas por 29 sessões no Teatro Capitol ao longo de sete dias, reservando ainda uma sessão para dez vídeos musicais.
A organização recebeu 4.051 trabalhos para a seleção oficial, sendo que a lista de finalistas inclui obras oriundas de 51 países. O festival recebeu “mais de 300 curtas logo no primeiro dia”, revelou Lúcia Lemos.
As curtas portuguesas “Vórtice”, de Guilherme Branquinho, “Raticida”, de João Niza, a coprodução luso-espanhola “Hipocampo”, de Fer Pérez, e a coprodução luso-marroquina “Morocco, the Gold Digging Lover”, de António Aleixo, vão competir na categoria de ficção.
A animação “Ana Morphose”, de João Rodrigues, e o documentário, “Panem Aurora”, de Inês Catita, integram ainda a programação.
Já o Brasil está representado pela animação “Ciranda Feiticeira”, de Lula Gonzaga, Tiago Delácio, o documentário “Rota Vermelha”, de Bruna Arcangelo, e a ficção “Último Domingo”, de Joana Claude, Renan Barbosa Brandão.
O festival vai atribuir 14 prémios, incluindo Melhor Filme do Festival, Melhor Ficção, Melhor Documentário, Melhor Animação, Melhor Realizador, Melhor Vídeo Musical, Melhor Canção e Melhores Efeitos Visuais.
A audiência poderá votar nos favoritos nas categorias de Ficção, Documentário e Animação, podendo participar também na escolha do Melhor Filme do Público.
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