Já é praticamente uma tradição: sempre que George Clooney tem um novo filme a chegar, acaba a falar e a pedir desculpa por "Batman & Robin".
Foi o que aconteceu numa entrevista à revista GQ para promover "O Céu da Meia-Noite", que fica disponível a 23 de dezembro na Netflix.
Ainda com Chris O’Donnell (Robin), Arnold Schwarzenegger (o vilão Mr. Freeze), Uma Thurman (a vilã Poison Ivy) a Alicia Silverstone (Batgirl), o filme de 1997 está entre as piores adaptações do género a sair de Hollywood.
Os quase 25 anos que passaram não levaram a uma "reavaliação", mas o ator está em paz com o facto de ser considerado o pior Batman da história do cinema.
"A única maneira de falar honestamente sobre as coisas é incluindo-se e às suas limitações. Como quando digo que 'Batman & Robin' é um filme péssimo, digo sempre 'Fui péssimo nele'. Em primeiro lugar, porque fui. Mas também porque isso nos permite então dizer 'Tendo dito que fui uma porcaria, também posso dizer que nenhum dos outros elementos também funcionou. Tipo diálogos como 'Freeze, Freeze!' [traduzido no sentido de sentido de "Pára, Freeze!"]", explicou à GQ.
Ao contrário de George Clooney, o realizador Joel Schumacher (falecido em junho) passou anos a defender "Batman & Robin", mas acabou por levar mais longe o seu arrependimento.
No documentário lançado com a edição em DVD, assumiu a responsabilidade: "os produtos e o marketing tornaram-se uma parte muito, muito importante da produção deste filme... mas eu era um adulto, sabia o que estava a acontecer e alinhei... estava lá".
"Peço desculpa. Quero pedir desculpa a cada fã que ficou desiludido porque acho que lhes devo isso", disse ainda numa entrevista ao Vice em 2017.
Até essa altura, "a minha média era boa. E depois de 'Batman & Robin', eu era escumalha. Foi como se tivesse assassinado um bebé", recordou.
O realizador também assumiu a responsabilidade pelas decisões criativas, incluindo a mais polémica de todas: os esquisitos mamilos no fato de Batman.
"Sei que vou ser sempre deitado abaixo por causa dos mamilos no Batman a começar por 'Batman Para Sempre' [1995]. Que mundo tão sofisticado em que vivemos em que pode ser tema dois pedaços de borracha do tamanho de lápis antigos, essas pequenas protuberâncias. Vai estar na minha lápide, sei disso", lamentava.
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