Um inquérito realizado nos EUA revela que a imagem pública de Brad Pitt foi pouco afetada pela revelação das alegadas agressões feitas pela ex-mulher Angelina Jolie, no âmbito de uma disputa legal sobre um vinhedo que ambos dividiam em França.

De acordo com documentos judiciais revelados a 4 de outubro, a atriz afirmou noutros documentos arquivados num tribunal em Los Angeles que ela e dois dos seus filhos foram agredidos por Pitt durante um voo particular em setembro de 2016, quando ainda eram casados.

Angelina Jolie detalha alegadas agressões de Brad Pitt em documentos judiciais
Angelina Jolie detalha alegadas agressões de Brad Pitt em documentos judiciais
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Jolie iniciou os trâmites legais para o divórcio alguns dias depois do voo e pais de seis filhos - três biológicos e três adotados -, o ex-casal enfrentou-se numa batalha pela custódia, que agora se prolonga devido a questões materiais. Pitt, que acumula décadas de êxitos em Hollywood e dois Óscares, foi investigado pelas autoridades federais, continua o documento, mas nenhuma acusação foi formalizada.

Segundo um inquérito da revista The Hollywood Reporter (THR) com a Morning Consult realizado entre 15 e 16 de outubro a 2.211 adultos nos EUA, as alegações tiveram pouco impacto na imagem pública de Brad Pitt.

Questionados inicialmente sobre se tinham uma opinião positiva ou negativa do ator, 70% dos inquiridos responderam "muito positiva" ou "algo positiva", um número que desceu para 65% após a revelação pública do relato judicial com os detalhes das alegadas agressões.

Atualmente, são mais os homens do que as mulheres que se mostram mais interessados em ver um filme com o ator: 56% e 49%. Um interesse que aumenta para os 66% no público dos 34 aos 44 anos, descendo para os 54% entre os 18 e 34 anos (o que mais vai aos cinemas) e 50% na faixa dos 45 aos 64 anos.

Estes são dados importantes para Hollywood, uma vez que foi o público com mais idade que contribuiu decisivamente para o sucesso nas bilheteiras de "Era Uma Vez... em Hollywood" e "Bullet Train", e que se espera que regresse para um novo filme, "Babylon", ainda com Margot Robbie no elenco e do mesmo realizador de "La La Land", que se estreia a 23 de dezembro nos EUA e tem cerca de três horas de duração.

Apesar do pouco impacto na opinião favorável de Brad Pitt, um executivo de Hollywood descreveu as alegações à THR como "um pesadelo de relações públicas" que provavelmente fará com que o estúdio Paramount o resguarde de grande parte das atividades de promoção a "Babylon".

"Acham que a Paramount está radiante? Não. Poderia tornar a promoção difícil [para Pitt], mas a cidade [Hollywood] irá reunir-se à volta do Brad", notou esta fonte.