Scarlett Johansson apelou aos espectadores para exigirem mais filmes com mulheres nos papéis principais para forçar Hollywood a acabar com a diferença entre géneros.
"O debate começa no público em geral e penso que a indústria acompanha. Infelizmente, não costumam liderar pelo exemplo", defendeu a atriz ao lado das colegas de "Girls Night" na Inglaterra, onde a comédia só estreia esta semana.
"Acho que os espectadores têm que fazer constar a sua opinião e exigirem o que querem ver e que querem diversidade e histórias que reflitam o 'zeitgeist' [espírito da época]", acrescentou.
A colega Jillian Bell reforçou a ideia: "Quanto mais as pessoas os virem [filmes liderados por mulheres], mais os estúdios percebem que funcionam".
Já Kate McKinnon diz que precisam ser escritos mais papéis em que as mulheres lideram os acontecimentos para que esses filmes não pareçam mais uma anomalia na indústria cinematográfica, como aconteceu precisamente com "Girls Night", onde as cinco personagens principais são femininas.
A diferença salarial entre homens e mulheres continua a ser uma realidade em muitas profissões e Hollywood não se destaca pela diferença.
Para isso contribui a falta de representatividade das atrizes nos grandes filmes: segundo um estudo recente, "elas" representaram só 29% dos papéis principais dos 100 filmes mais rentáveis nos EUA em 2016. E o valor foi descrito por "histórico"... por ser o mais elevado dos últimos anos.
O mesmo estudo também chegou à conclusão que apenas 4% dos realizadores e 11% das argumentistas do top 100 eram mulheres.
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