Os realizadores Peter Weir e Euzhan Palcy, e a compositora Diane Warren serão os homenageados com Óscares honorários durante a 13.ª cerimónia dos Governors Awards, a 19 de novembro, em Los Angeles.

Já o ator Michael J. Fox receberá o prémio humanitário Jean Hersholt da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas pelo "ativismo incansável da pesquisa sobre a doença de Parkinson, juntamente com o seu otimismo sem limites", que "exemplificam o impacto de uma pessoa em mudar o futuro de milhões", destaca o comunicado oficial.

“O Conselho de Governadores da Academia tem a honra de reconhecer quatro personalidades que fizeram contribuições indeléveis ao cinema e ao mundo em geral”, disse o presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, David Rubin, citado no mesmo comunicado.

Com 61 anos, Michael J. Fox ganhou fama ao interpretar Alex P. Keaton na série de comédia “Quem Sai aos Seus”, de 1982 a 1990, e tem na trilogia "Regresso ao Futuro" o maior trunfo no cinema.

A carreira inclui ainda comédias como «Lobijovem» , «O Segredo do Meu Sucesso», «Sócios à Força» e «Doutor Sarilhos», além do mal sucedido drama «Corações de Aço», antes de ser obrigado a abrandar com o diagnóstico da doença de Parkinson em 1991, de que se tornou um dos principais porta-vozes e ativistas, nomeadamente a partir de 2000, com a criação da Michael J. Fox Foundation for Parkinson's Research (Fundação Michael J. Fox para a Investigação de Parkinson), que se dedica a procurar uma cura para a doença de Parkinson.

Após a série «Cidade Louca» acabar em 2001, retirou-se parcialmente quando os sintomas pioraram, mas regressou com elogios enquanto ator dramático na série «The Good Wife». Em novembro de 2020, anunciou a "segunda reforma" na carreira por causa da deterioração do seu estado de saúde, revelando no seu livro de memórias que estava a perder a capacidade de memorizar e repetir os diálogos por causa da evolução da doença.

Nunca nomeado para um Óscar competitivo, conta com cinco Emmys, quatro Globos de Ouro, um Grammy e dois prémios do sindicato Screen Actors Guild (SAG).

Peter Weir em 2018

Nascido em 1944, Peter Weir é uma figura de destaque no movimento cinematográfico australiano “new wave” na década de 1970 e foi nomeado para seis Óscares, como realizador e argumentista e produtor.

O presidente da Academia destaca-o como "um realizador de habilidade e talento consumados, cujo trabalho nos lembra o poder do filme de revelar toda a gama da experiência humana”.

Distinguindo-se em vários géneros, a lista de filmes icónicos inclui "Piquenique em Hanging Rock" (1975), "A Última Vaga" (1977), "Gallipoli" (1981), "O Ano de Todos os Perigos" (1982), "A Testemunha" (1985), "A Costa do Mosquito" (1986), "O Clube dos Poetas Mortos" (1989), "Casamento por Conveniência" (1990), "Sem Medo de Viver" (1993), "The Truman Show - A Vida em Directo" (1998) e " Master & Commander - O Lado Longínquo do Mundo" (2003). O seu último trabalho foi "Rumo à Liberdade" (2010).

Recordada por David Rubin como "uma cineasta pioneira cujo significado inovador no cinema internacional está cimentado na história do cinema", Euzhan Palcy é uma escritora, realizadora e produtora oriunda da Martinica, cuja primeira longa-metragem, “Sugar Cane Alley”, ganhou o Leão de Prata no Festival de Veneza de 1983, sendo uma estreia para uma cineasta negra.

Também realizou “Assassinato Sob Custódia” (1989), um drama famoso feito durante o Apartheid, tornando-se a primeira mulher negra a dirigir um filme para um grande estúdio de Hollywood e guiando Marlon Brando para a sua última nomeação nos Óscares.

Diane Warren

Diane Warren é considerada uma das compositoras contemporâneas mais prolíficas e escreveu canções originais para mais de 100 películas, que "ampliaram o impacto emocional de inúmeros filmes e inspiraram gerações de artistas musicais".

Distingue-se ainda pelo recorde de ter sido nomeada 13 vezes para o Óscar de Melhor Canção Original sem nunca ganhar desde 1987 até este ano, por músicas como “Nothing's Gonna Stop Us Now”, “Because You Loved Me”, “How Do I Live” ou “I Don't Want To Miss A Thing”.

O Óscar Honorário é concedido “para homenagear a distinção extraordinária em feitos ao longo da vida, contribuições excecionais para o estado das artes e ciências cinematográficas, ou por serviços extraordinários à Academia”.

O Óscar Humanitário Jean Hersholt e atribuído “a uma personalidade nas artes e ciências cinematográficas cujos esforços humanitários trouxeram crédito à indústria”.

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