Com estimativas de 27,7 milhões de dólares para o tradicional fim de semana cinematográfico e 40 contando com o dia de Natal nos EUA, a estreia de "Aquaman e o Reino Perdido" deixou um rasto de desilusão nas bilheteiras.

A China, que já foi um grande mercado para os super-heróis do cinema, reservou o equivalente a 30,4 milhões de dólares para o rei subaquático, uma grande parte dos 80 milhões conseguidos pelo filme a nível internacional, elevando o balanço global para os 120 milhões.

Os valores confirmam o desinteresse dos espectadores pelos filmes da DC após o 'reset' no Universo Cinematográfico anunciado pelos novos líderes do estúdio James Gunn e Peter Safran, que afetou “Shazam! Fúria dos Deuses” (133,8 milhões de receitas a nível mundial), "The Flash” (270,6) e “Blue Beetle” (129,3 milhões), que não conseguiram recuperar o investimento nas bilheteiras.

O arranque medíocre não deverá permitir alcançar os cerca de 500 milhões de dólares necessários para justificar um orçamento que, nas estimativas mais conservadoras, não ficou abaixo dos 205 milhões.

Sendo o último filme DC do "anterior regime", não se espera a repetição do fenómeno do primeiro filme, que se tornou o preferido dos espectadores entre o final de 2018 e o início de 2019 após uma estreia morna.

Sem um sucesso surpresa ou um potencial sucesso de mil milhões no horizonte como "Avatar: O Caminho da Água" para dar brilho à temporada, os proprietários dos cinemas apostam na quantidade de novos lançamentos para compor o balanço natalício e as primeiras semanas de 2024.

Nos cinemas dos EUA estão a animação “Patos!” (terceiro lugar nas bilheteiras, com 17,5 milhões em quatro dias), a comédia romântica liderada por Sydney Sweeney e Glen Powell “Todos Menos Tu" (oito milhões), e o 'biopic' “Iron Claw” (7,5 milhões).

No dia de Natal chegaram os dramas desportivos "Ferrari" e , a versão musical "A Cor Púrpura" e “The Boys in the Boat”, realizado por George Clooney.

A estes junta-se "Wonka", há mais tempo em exibição e que ficou em segundo lugar nas bilheteiras, com uns melhores do que esperados 28 milhões para quatro dias: o musical com Timothée Chalamet já chegou aos 85,5 milhões nos EUA e uns impressionantes 255 a nível mundial, revelando potencial para ser a grande escolha das famílias para a temporada.