No dia em que estreia nos cinemas o filme de
Steven Spielberg sobre a célebre personagem de banda desenhada, o SAPO foi conhecer aquele que talvez possamos chamar de Tintin português.
Chegou há dias de Sumatra, fica «uns tempos» em Portugal e a seguir vai partir para Itália. É quase sempre assim a vida de
Gonçalo Cadilhe. De cá para lá, de lá para cá, num trabalho que também é paixão e que o escritor não consegue saber se é antes uma paixão que se tornou num trabalho.
Foi em jovem que o escritor percebeu da vontade de conhecer outros sítios e foi também desde cedo que se cruzou com as histórias de
Tintin, nos álbuns de banda desenhada criados pelo belga Hergé. O contacto com a personagem, diz o viajante, não foi decisivo na escolha da sua carreira, ela foi certamente «uma das influências» que despertaram o desejo de viajar.
Foi a partir de 1996 que se tornou em definitivo um «viajante profissional». Hoje escreve crónicas para várias publicações, tem nove livros publicados e uma crónica radiofónica de viagens.
Já passou por alguns pontos reconhecíveis nas histórias de Tintin, como, por exemplo, pela cidade inca de Machu Picchu, no Peru, e num dos seus livros,
«O Mundo é Fácil» até faz referência a uma das histórias do herói.
E mesmo que nada mais tivesse em comum com o aventureiro ficcional, Gonçalo Cadilhe tem pelo menos a intenção de chegar a um público tão abrangente como Tintin. Hergé apregoava que as suas histórias se destinavam a um público dos
«7 aos 77». A mesma inscrição está bem visível na capa de um dos livros deste viajante português.
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