O filme “Caminho para as estrelas” (“Path to the stars”), da artista Mónica de Miranda, é exibido na quinta-feira, em estreia nacional, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, que o adquiriu para a Coleção do Centro de Arte Moderna.

De acordo com informação disponível no ‘site’ da fundação, a estreia nacional do filme, e lançamento do livro “no longer with the memory but with its future”, serão acompanhados de uma conversa com a presença da artista.

O filme, cujo título alude a um poema de Agostinho Neto, líder da luta anticolonial e primeiro presidente de Angola após a independência, foi a peça central da exposição da artista “no longer with the memory but with its future” (“Não mais com a memória, mas com o seu futuro”, em tradução livre do inglês), que integrou este ano a programação paralela da 59.ª Bienal Internacional de Arte de Veneza.

“Caminho para as estrelas” foi também apresentado este ano na 12.ª Bienal de Arte Contemporânea de Berlim.

A Fundação Calouste Gulbenkian descreve que o filme “segue a viagem, do amanhecer ao anoitecer, de uma ex-combatente da luta pela libertação Angolana, enquanto viaja de barco pelas margens do rio Kwanza, local de origem do reino do Ndongo, um estado pré-colonial africano tributário do reino do Kongo, criado por subgrupos do Ambundu, e liderado pelo rei Ngola”.

“Uma metáfora de um lugar feminino que atravessa vários tempos e espaços, uma mulher com rosto sereno observa atentamente a natureza que a rodeia, enquanto o seu corpo se funde lentamente com as correntes aquáticas do rio. Várias personagens aparecem ao longo desta viagem: uma sombra, uma mulher velha e uma criança, soldados que tentam ler o seu futuro nas linhas de um mapa astral de Angola, e um astronauta, todos eles girando as suas histórias no sopro do rio”, lê-se na descrição.

A exibição do filme está marcada para as 18h00, na sala 1 do edifício sede da Fundação Calouste Gulbenkian, seguindo-se uma conversa com Mónica de Miranda, a curadora Gabriela Salgado, a investigadora e crítica cultural Kitty Furtado e a arquiteta e curadora Paula Nascimento.

O lançamento do livro, “no longer with the memory but with its future”, no final da sessão, contará com uma sessão de autógrafos por Mónica de Miranda.

Esta iniciativa tem entrada gratuita, “mediante levantamento de bilhete no próprio dia, a partir das 10:00”, no “máximo de um bilhete por pessoa”.

Mónica de Miranda, que nasceu no Porto, em 1976, é uma artista portuguesa de origem angolana, que vive e trabalha entre Lisboa e Luanda.

Utilizando desenho, instalação, fotografia, vídeo e som, o trabalho de Mónica de Miranda é baseado em temas de arqueologia urbana e geografia pessoal.

Cofundadora do Hangar (Centro de Investigação Artística), em Lisboa, Mónica de Miranda foi nomeada em 2019 para o Prémio EDP Novos Artistas, e em 2014 para o Prémio Novo Banco de Fotografia.

A obra de Mónica de Miranda está representada em várias coleções, tanto públicas como privadas, entre as quais, além da Fundação Calouste Gulbenkian, o Museu Nacional de Arte Contemporânea e Nesr Art Foundation e Arquivo Municipal de Lisboa.

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