Pedro Almodóvar foi o presidente do júri do Festival de Cannes em maio que atribuiu a Palma de Ouro ao filme sueco "O Quadrado", embora tenha deixado claro que o seu favorito pessoal era o francês "120 Batimentos por Minuto", sobre as ações dos ativistas da Act-Up Paris no início dos anos 90, quando a SIDA ceifava vidas perante a indiferença generalizada.

No entanto, o realizador espanhol revelou num inquérito do site espanhol Otros Cines Europa que o seu filme preferido de 2017 foi "Chama-me Pelo Teu Nome", do italiano Luca Guadagnino.

A escolha é justificada com a forma visceral como cria beleza de tudo o que surge à frente das câmaras.

Almodóvar descreveu ainda como "a revelação do ano" o seu protagonista, o jovem de 21 anos Timothée Chalamet, que está nomeado para vários prémios e já foi eleito o melhor ator pelas associações de críticos de Nova Iorque e Los Angeles.

O filme conta a história do primeiro amor  de um jovem de 17 anos (Chalament) por outro mais velho (Armie Hammer), durante o verão de 1983 em Itália.

"Tudo é belo, charmoso e desejável neste filme: os rapazes, as raparigas, os pequenos-almoços, a fruta, os cigarros, os tanques de água, as bicicletas, a dança ao ar livre, os anos 80, as dúvidas e a devoção dos protagonistas, a sinceridade de todas as personagens, a relação com os seus pais", elogiou.

" Contemplem o compromisso dos autores André Aciman [escritor do livro original], James Ivory [argumentista] e Luca Guadagino [realizador] com a paixão dos sentidos, a luz no norte de Itália e principalmente Timothée Chalamet, a grande revelação do ano", concluiu o realizador.

"Chama-me Pelo Teu Nome" estreia em Portugal a 18 de janeiro.

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