A espanhola
Penélope Cruz é uma actriz peculiar: revela-se sempre um imenso talento fora do sistema de Hollywood mas quando participa em filmes de língua inglesa, o trabalho parece nunca conseguir favorecê-la.
Esta é a terceira vez que a actriz está em destaque numa cerimónia dos Óscares já que, em 2006, recebeu uma nomeação para Melhor Actriz pelo seu desempenho no filme de
Pedro Almodóvar,
«Voltar», e em 2009 conquistou o troféu de Melhor Actriz Secundária por
«Vicky Cristina Barcelona». Nas duas vezes, era defendida pelo diálogo total ou maioritário em espanhol, sendo
«Nove» o primeiro filme produzido por Hollywood em que verdadeiramente se destaca enquanto actriz.
Penélope Cruz já colaborou com
Alejandro Aménabar em
«De Olhos Abertos» e é uma das «chicas Almodóvar», as actrizes que participam recorrentemente nos filmes do realizador espanhol, tendo o seu nome nos créditos de
«Em Carne Viva»,
«Tudo Sobre a Minha Mãe», no já referido
«Voltar» e em
«Abraços Desfeitos».
Foi, efectivamente, em Espanha que fez alguns dos seus melhores trabalhos, dando logo nas vistas mal acabava a adolescência em filmes como
«Desejos Inconscientes», de
Bigas Luna, ou o oscarizado
«Belle Époque», de
Fernando Trueba, com quem voltaria a trabalhar no excelente
«A Menina dos Teus Olhos», que lhe valeria o Goya de Melhor Actriz.
Em Hollywood, co-protagonizou
«Vanilla Sky» ao lado de
Tom Cruise e
Cameron Diaz, e participou em alguns «blockbusters» que, com certeza, lhe valeram mais dinheiro e popularidade do que prestígio. As manchas na carreira por terras do tio Sam são, por exemplo,
«Sahara»,
«Gothika» e
«Bandidas».
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