A notícia de 29 de julho de que Scarlett Johansson estava a processar a Disney devido à sua decisão de estrear o filme "Viúva Negra", em simultâneo no streaming e nos cinemas, alegando uma quebra de contrato que lhe custou milhões de dólares, caiu como uma bomba em Hollywood.

Uma das maiores e mais bem pagas estrelas de Hollywood, a atriz tinha direito a uma percentagem das receitas de bilheteira do aguardado filme da super-heroína da Marvel.

"Processo triste e angustiante": Disney reage a ação judicial de Scarlett Johansson devido a estreia de "Viúva Negra"
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Em comunicado, a Disney - dona da Marvel Studios - respondeu no mesmo dia que a empresa não violou nenhum contrato, indicou que a atriz já tinha sido suficientemente compensada com o salário de 20 milhões de dólares e acrescentou que "o processo é especialmente triste e angustiante pela sua insensibilidade com os horríveis e persistentes efeitos globais da pandemia de COVID-19".

Desde então e "off the record", a decisão Scarlett Johansson tem recebido mais apoios do que críticas, mas publicamente Hollywood tem ficado em silêncio, o que inclui as outras estrelas do Universo Cinematográfico Marvel.

A atitude tem merecido críticas de fãs nas redes sociais, que recordam por exemplo como saíram em defesa de Chris Pratt quando foi acusado de ser "o pior Chris de Hollywood" por causa da falta de ativismo político antes das eleições presidenciais nos EUA e a ligação com uma igreja conservadora acusada de homofobia.

A exceção foi Dave Batista (Drax em "Guardiões da Galáxia"), que ironicamente comentou "Eu bem lhes disse que deviam ter feito um filme 'Drax', mas nãoooo!".

A primeira grande personalidade de Hollywood a apoiar publicamente a decisão da atriz é Jason Blum, que está à frente da icónica produtora Blumhouse, conhecida pelas sagas de terror "Atividade Paranormal", Insidioso", "A Purga" e a continuação de "Halloween", além do oscarizado "Foge".

Jason Blum

"O que ela está realmente a liderar é uma luta existencial muito maior. É uma coisa muito difícil de fazer, é realmente corajoso e ela está a lutar por todos os artistas", explicou esta semana ao The Hollywood Reporter, referindo-se aos estúdios estarem a priorizar cada vez mais o streaming como uma fonte de receita futura, deixando as estrelas de fora da partilha.

Na opinião do produtor, "as plataformas de streaming estão a apostar em que, nos próximos três a cinco anos, apenas vão existir três ou quatro [delas] a lançar conteúdo para os lares e serão tão poderosas que serão capazes de baixar o preço de produzir, de pagar aos artistas, produtores, argumentistas, realizadores. Pessoalmente, acho que não vão conseguir, mas é nisso que estão apostar".

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