A produtora The Weinstein Company vai declarar falência.
A decisão foi tomada após a justiça norte-americana tentar impor condições à venda da empresa, que teve como um dos fundadores o antes todo-poderoso produtor de Hollywood Harvey Weinstein.
A empresa entrou em declínio desde que começaram a ser divulgadas, em outubro, as denúncias de assédio sexual, abuso e violação contra o produtor de filmes premiados com Óscares como "O Artista" e "O Discurso do Rei", entre muitos outros.
"Apesar de reconhecermos que este é um resultado extremamente infeliz para os nossos funcionários, credores e qualquer vítima, a direção não tem outro remédio que seja procurar a única opção viável para maximizar o valor restante da empresa: um processo de falência", afirma a comissão de diretores da Weinstein Company em comunicado citado pelo jornal Los Angeles Times.
O New York Times também divulgou a informação.
Os jornais relataram o fim das negociações entre a Weinstein Company e um grupo de investidores liderado por Maria Contreras-Sweet, uma funcionária do governo do ex-presidente Barack Obama.
O grupo estava pronto para fechar a negociação de compra da Weinstein Company por quase 500 milhões de dólares, mas o estado de Nova Iorque abriu um processo contra a produtora a 11 de fevereiro por considerar que este não protegia as suas funcionárias do assédio e agressão sexual. Na sequência disso, a justiça bloqueou a operação.
A ação contra Harvey Weinstein, o seu irmão Bob e a produtora foi apresentada perante o receio de que a venda iminente da empresa poderia deixar as vítimas sem a possibilidade de uma indemnização apropriada.
Desde a divulgação do escândalo que dezenas de ações civis e pelo menos duas coletivas foram apresentadas contra Harvey Weinstein e a Weinstein Company, sobretudo por mulheres que denunciam terem sido agredidas pelo famoso produtor de Hollywood.
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