“Oitenta e sete países submeteram filmes para a categoria de Melhor Filme Estrangeiro da 91.ª edição dos prémios da Academia. O Maláui e a Nigéria submeteram filmes pela primeira vez”, lê-se num comunicado divulgado hoje pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

A lista inclui, entre outros “Peregrinação”, de João Botelho, “O grande circo místico”, de Cacá Diegues, “Roma”, de Alfonso Cuáron, “Manbiki Kazoku [Shoplifters]”, de Kore-Eda, e “Rafiki”, de Wanuri Kahiu.

“Peregrinação”, de João Botelho, que transpõe para cinema episódios do livro "Peregrinação", de Fernão Mendes Pinto, é o candidato de Portugal.

Quando rodou o filme, no ano passado, João Botelho contou à agência Lusa que o filme "não é a ‘Peregrinação’ de Fernão Mendes Pinto", mas é uma parte, "como se fosse uma introdução à leitura" da obra.

"Peregrinação", de João Botelho, é o candidato português à nomeação para os Óscares
"Peregrinação", de João Botelho, é o candidato português à nomeação para os Óscares
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O filme é protagonizado por Cláudio da Silva, à frente de um elenco que inclui ainda, entre outros, Catarina Wallenstein, Pedro Inês, Maya Booth, Cassiano Carneiro, Rui Morisson, Jani Zhao e Zia Soares.

Do filme faz também parte “Por este rio acima”, do músico Fausto Bordalo Dias, interpretado por um coro masculino.

O Brasil candidatou “O grande circo místico”, de Cacá Diegues, rodado em Portugal, com atores portugueses.

O filme, coproduzido com a portuguesa Fado Filmes, conta a história de cinco gerações de uma família ligada às artes circenses, de 1910 até hoje, e conta no elenco com atores como o francês Vincent Cassel, os brasileiros António Fagundes e Mariana Ximenes e os portugueses Albano Jerónimo e Nuno Lopes.

O candidato do México é “Roma”, de Alfonso Cuáron, filme produzido pela Netflix, que venceu este ano o Leão de Ouro do Festival de Cinema de Veneza.

“Roma” é um filme autobiográfico do realizador mexicano, sobre a família e a adolescência

O filme permitiu que uma plataforma de 'streaming' fosse pela primeira vez distinguida num dos principais festivais internacionais de cinema.

O Japão candidatou “Manbiki Kazoku”, de Kore-Eda, filme que venceu em maio a Palma de Ouro do Festival de Cinema de Cannes, e que conta a história de uma família que vive de roubos em lojas e acolhe uma menina vítima de abusos.

O candidato do Quénia é “Rafiki”, da realizadora Wanuri Kahiu.

"Rafiki" conta uma história de amor entre duas mulheres e foi censurado no país de origem, onde a homossexualidade é ilegal. No entanto, uma decisão judicial revelada a 21 de setembro suspendeu a proibição por sete dias, o que permitiu que a obra fosse inscrita como candidata a uma nomeação para os Óscares.

Com a decisão judicial, "Rafiki" foi mostrado em alguns cinemas do país, entre os dias 23 e 29 de setembro, mas restringido apenas a adultos.

A 91.ª cerimónia de entrega dos Óscares está marcada para 24 de fevereiro de 2019. Os nomeados serão anunciados a 22 de janeiro.

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