Ainda que aceite as marcas da passagem do tempo no seu rosto, Monica Bellucci, a "Belíssima", um ícone de beleza e sensualidade do cinema mundial, admite sem rodeios: "Ainda bem que existem os retoques!"
Aos 52 anos, a atriz italiana será mestre de cerimónias do Festival de Cannes, que começa no próximo dia 17, e em entrevista à AFP, explica como se vê num de seus últimos filmes, "On the Milky Road", de Emir Kusturica.
"Tenho rugas à volta dos olhos, por todo o lado. Há dez anos não as tinha. O meu rosto mudou no ecrãs". Mas não digo 'Ah, é monstruoso!'. Não, tem o seu encanto", explica a atriz, vestida elegantemente de preto.
"Não me incomodo de me ver como uma mulher madura, tenho que enfrentar isto", assume.
A diva italiana, que aos 50 anos entrou no restrito círculo das "Bond girls", em "007 Spectre", afirma que não tem uma posição "definida" sobre a cirurgia estética.
"Quando vejo uma mulher madura que não fez retoques não digo 'Deveria fazer um lifting', mas sim 'Está muito bonita assim'. Mas quando vejo uma mulher que fez lifting e que está muito bonita, digo que ela fez bem", explica.
"Devemos fazer o que nos faz sentir bem. A cirurgia plástica é assim. Se nos faz feliz, por que não utilizá-la?", afirmou.
Cannes, pela oitava vez
Monica Bellucci é ainda mais favorável às fotos retocadas. "Agradeço os retoques. É o que nos salva!", exclama.
"Mas hoje em dia mexe-se menos, é uma grande mudança de que gosto muito [...]. Isso significa que começamos a acostumar-nos a não ver os defeitos enquanto tais", assegura.
Sobre o polémico cartaz do Festival de Cannes, para o qual foi retocada uma foto de 1959 de Claudia Cardinale para emagrecê-la, Bellucci defendeu que "o importante" é que a visada "esteja contente" com o resultado, o que esta já publicamente v.
Após representar em mais de 50 filmes, desde "Drácula de Bram Stoker" de Francis Ford Coppola até "Irreversível", de Gaspar Noé, a atriz afirma estar "disponível para todas as experiências cinematográficas sempre e quando forem interessantes".
"Há filmes que filmo durante quatro anos, outros [por] dois minutos", comenta.
Para finalizar, assegura estar "encantada" por desempenhar pela segunda vez o papel de mestre de cerimónias - a primeira foi em 2003 - no Festival de Cannes, no qual já participou oito vezes e foi membro do júri em 2006.
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