O festival de Toronto, que decorrerá de 6 a 16 de setembro, é considerado um dos mais importantes da América do Norte e não tem secções competitivas, havendo apenas prémios atribuídos pelo público e pela crítica. Este ano foram selecionadas seis produções portuguesas para várias secções, como
«As Linhas de Wellington», de
Valeria Sarmiento - que está em competição em Veneza -, e que terá em Toronto uma apresentação especial. Na secção dedicada aos mestres do cinema estará
«O Gebo e a Sombra», de
Manoel de Oliveira, que se estreará em Portugal a 27 de setembro.

O realizador angolano
Zézé Gamboa apresentará a longa-metragem
«O Grande Kilapy», com produção de
Fernando Vendrell, na secção Cinema Contemporâneo do Mundo. O filme tem argumento de Luís Alvarães e Luís Carlos Patraquim, foi rodado em Portugal, Brasil e Angola, e é um filme de época baseado em factos reais, passado no período colonial, entre os anos 1960 e 1970, centrando-se num «playboy» angolano que desvia dinheiro do Estado português para sustentar os seus vícios.

Zézé Gamboa volta a Toronto depois de ter apresentado lá a primeira longa-metragem,
«O Herói», em 2004, um ano antes de ter sido premiado no Festival de Cinema de Sundance, nos Estados Unidos. De acordo com o ICA, Fernando Vendrell estará presente no festival no âmbito do Producers Lab, um encontro de produtores europeus.

Em Toronto será ainda apresentado
«Tabu», o premiado filme de
Miguel Gomes, que terá distribuição comercial nos Estados Unidos e Canadá, e a curta-metragem
«Zwazo», que Gabriel Abrantes apresentou este ano no festival de Locarno.

No festival canadiano estará também
«A Última Vez que vi Macau», filme de
João Pedro Rodrigues e
João Rui Guerra da Mata. O filme, que cruza histórias pessoais dos dois realizadores, com Macau em pano de fundo, mereceu uma menção especial do júri no festival de Locarno e abrirá em outubro o DocLisboa.

«Tabu», «Zwazo» e «A Última Vez que Vi Macau» estarão presentes na secção «Wavelengths» do festival de Toronto.