Sem surpresa, Clint Eastwood não suporta as selfies.
"Não gosto das 'selfie sticks' e não gosto de selfies. Ponto. Mas pedem-me para fazer tantas", disse ao USA Today o lendário ator e realizador de 87 anos antes de as descrever como "a pain in the rear", o que é intraduzível em português mas dá ideia de que é uma grande chatice.
O seu novo filme, "15:17 Destino Paris", conta a história verídica de como Spencer Stone, Alek Skarlatos e Anthony Sadler intervieram com as mãos vazias para controlar um jihadista armado com um AK-47 e carregadores cheios no comboio que ligava Amesterdão a Paris a 21 de agosto de 2015, evitando um massacre.
Os três jovens americanos interpretam-se a si próprios e recriaram as cenas à vontade com o resto da equipa em relativa tranquilidade porque os turistas atiraram-se a Eastwood para pedir autógrafos e fotografias.
"Estávamos em Veneza e em Roma a fazer cenas. Toda a gente tinha esses paus. E se não são os paus, estão a fazer esta coisa do 'Pode posar comigo? [para a foto].", recordou o veterano.
A grande ironia é que, no que é certamente a primeira e única vez na sua carreira, Eastwood foi obrigado a fazer muitas cenas com "selfies" em "15:17 Destino Paris": os três heróis fizeram muitas durante a sua viagem europeia em 2015, principalmente Anthony Sadler, que tinha até o odioso "selfie stick" que o realizador foi obrigado a mostrar em toda a sua "glória".
A estreia do filme em Portugal é esta semana.
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