Depois de oito dias e mais de 200 filmes exibidos na cidade no norte da Espanha, a longa-metragem do sueco Björn Runge vai concluir o festival, considerado o maior do mundo hispânico.

A partir das 21h locais, começa no auditório Kursaal a cerimónia de entrega de prémios, que vai atribuir a cobiçada Concha de Ouro ao melhor filme, bem como prémios de melhor realizador, ator, atriz e filme latino-americano.

Na coprodução britânica-sueca "The Wife", a americana Gleen Close dá vida a Joan Castleman, a mulher aparentemente feliz de um escritor (Jonathan Pryce), que acaba de ganhar o Prémio Nobel da Literatura.

Mas, quando o casal viaja com a sua filha a Estocolmo para receber o prémio, a relação começa a mostrar as suas fragilidades, e Joan terá de tomar decisões difíceis sobre revelar o seu próprio talento.

Close, de 70 anos, disse em conferência de imprensa ter-se identificado com a personagem.

"Acho que muitas mulheres passam grande parte da sua vida a esconder a sua luz e a dar sua luz a outra pessoa, aos seus maridos ou parceiros, e acredito que é um ato de coragem uma mulher deixar a sua luz brilhar", disse a atriz, seis vezes nomeada ao Óscar.

Quando lhe perguntaram o que faria se ganhasse o Óscar por este papel, Close respondeu: "Pularia na cama, ficaria nua e correria a gritar pela rua".

Apesar do entusiasmo da atriz, já se sabe que o papel não será elegível para nomeação na próxima cerimónia dos Óscares.

Este ano, os 18 filmes que disputam a Concha de Ouro têm origens diversas, como Argentina, Espanha, França, Alemanha, Estados Unidos, Áustria, Polónia, Grécia e Roménia.

Na mistura heterogénea de realizadores jovens e consagrados e de dramas e comédias, destacaram-se a história de amor peculiar "Submergence", do veterano Wim Wenders; "Le lion est mort ce soir", sobre a decadência de um ator, do japonês Nobuhiro Suwa; a comédia delirante "The disaster artist", do americano James Franco; e "El autor", coprodução hispano-mexicana, do espanhol Manuel Martín Cuenca.

Na corrida pelo prémio que reconhece o melhor da sétima arte latino-americana, na seção "Horizontes Latinos", estão 12 longas-metragens, de Brasil, Argentina, Chile, Costa Rica, México, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Fora da sala de cinema, na passadeira vermelha, desfilaram estrelas como Javier Bardem, Penélope Cruz, Arnold Schwarzenegger, Antonio Banderas, Monica Bellucci e Ricardo Darín.

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