Tom Hanks defendeu o estatuto do seu "Forrest "Gump" contra os que acham que não mereceu ganhar o Óscar de Melhor Filme.
Um sucesso gigantesco de bilheteira, o filme realizado por Robert [Bob] Zemeckis ultrapassou na cerimónia de 1995 "Quatro Casamentos e Um Funeral", "Quiz Show", "Os Condenados de Shawshank" e aquele que muitos acreditam que devia ter ganho: "Pulp Fiction", de Quentin Tarantino.
Com o passar dos anos e apesar de ter ganho mais cinco estatuetas, incluindo a segunda (consecutiva) de Melhor Ator para Tom Hanks, "Forrest Gump" costuma ser recordado sempre que se fazem listas dos menos merecedores "Óscar de Melhor Filme".
Um legado "pouco simpático" que não escapa à própria estrela.
"O problema com 'Forrest Gump' é que fez mil milhões de dólares [trata-se de um exagero para reforçar a teoria: na realidade foram 678 milhões, valores de 1994]. Se tivéssemos feito apenas um filme de sucesso, o Bob e eu teríamos sido génios. Mas porque fizemos um filme de sucesso gigantesco, éramos génios diabólicos", contou numa recente entrevista ao The New York Times.
"É um problema mau para se ter? Não, mas existem livros dos melhores filmes de todos os tempos e 'Forrest Gump' não aparece porque, ah, é esse festival de nostalgia sentimental. Todos os anos aparece um artigo que diz: 'O filme que deveria ter ganhado Melhor Filme' e é sempre 'Pulp Fiction'. Sem dúvida que 'Pulp Fiction' é uma obra-prima", reconheceu.
No entanto, Hanks destaca um momento do filme para dizer que "não se trata apenas de correr ao som de 'Rebel Rouser', de Duane Eddy", numa referência às cenas de Forrest que originaram a famosa expressão "“Run, Forrest, run” [Corre, Forrest, Corre].
"Há um momento de inegável e comovente humanidade em 'Forrest Gump' quando Gary Sinise – que interpreta o Tenente Dan – e a sua esposa asiática chegam caminham à nossa casa no dia em que Forrest e Jenny se casam", justifica, acrescentando que ajuda os espectadores a "perceber tudo pelo que passaram e sentir gratidão por cada gota de dor e tragédia a que sobreviveram".
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