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MEO à velocidade máxima de 10Gbps

Estas mulheres de Hollywood disseram "Basta!"

L.S.
8 mar 2016 11:18
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Este artigo tem mais de 9 anos
Jennifer Lawrence, Emma Watson ou Meryl Streep. Elas são pesos pesados de Hollywood e levantaram as vozes para dizer que, sim, são mulheres na indústria e, sim, têm os mesmos direitos que os homens. Passamos a palavra a 25 mulheres líderes em Hollywood.
  • Jennifer Lawrence, Emma Watson ou Meryl Streep. Elas são pesos pesados de Hollywood e levantaram as vozes para dizer que, sim, são mulheres na indústria e, sim, têm os mesmos direitos que os homens. Passamos a palavra a 25 mulheres líderes em Hollywood.
  • "‘É mais difícil para os homens imaginarem-se como a rapariga nos filmes do que é para mim imaginar-me como Daniel Craig a deitar abaixo um edifício. Os rapazes nunca são encorajados a imaginar o que é ser mulher. A razão para saber isto é porque quando fiz 'O Diabo Veste Prada', foi a primeira vez que homens vieram ter comigo após o filme e disseram 'Sei como se sentiu.'"
  • “"As mulheres que dizem 'Não sou uma feminista' são a minha maior neura. Acredita que as mulheres devem ser pagas o mesmo por fazer o mesmo trabalho? Acredita que as mulheres devem ser autorizadas a sair de casa? Acha que tanto mulheres como homens merecem direitos iguais? Ótimo, então é uma feminista. As pessoas pensam que há algo de tabu em relação a defender o feminismo."
  • "Sou originária da Grã-Bretanha e acho que é correto como mulher que ganhe o mesmo que os meus colegas masculinos. Acho que é correto que possa tomar decisões sobre o meu próprio corpo. Acho que é correto que as mulheres se envolvam em meu benefício nas políticas e tomadas de decisão do meu país. Acho que é correto que socialmente tenha direito ao mesmo respeito que os homens. Mas infelizmente posso dizer que não existe nenhum país no mundo em que todas as mulheres podem esperar receber esses direitos."
  • "Quando descobri que estava a ganhar menos do que os tipos sortudos com pénis, não fiquei zangada com a Sony [estúdio]. Fiquei zangada comigo. Falhei como negociadora porque desisti cedo."
  • "Talvez alguns de nós na indústria ainda estejam insensatamente agarrados à ideia de que os filmes femininos centrados em mulheres são experiências de nicho. Não são. O público quer vê-los e, na verdade, fazem dinheiro. O mundo é redondo."
  • "Pode ser frustrante. Pode ser doloroso. O salário é uma forma de quantificar o que valemos. Se os homens estão a ser pagos muito mais para fazer a mesma coisa, a sensação é desagradável."
  • "Os rappers masculinos mexem na sua zona genital o dia todo e têm várias mulheres ao lado deles, mas ninguém diz nada. Mas se eu agarro na minha virilha e tenho mulheres sexy ao meu lado, estou a degradar a mulher? Sou uma mulher, devia ter o direito de ter mulheres ao meu lado! Mas faço parte da evolução disso, espero."
  • "Uma mulher pode olhar para um filme que tem como estrela um homem num papel pró-ativo e dizer: 'Posso fazer aquilo'. Mas não acho que existam muitos homens que possam ver uma mulher no papel principal e dizer: 'Ah, posso fazer aquilo' . Portanto, acho que é difícil para eles criar filmes [para atrizes] a não ser que realmente se pressione muito."
  • "Para cada mulher que deu à luz, para cada contribuinte e cidadã deste país, temos lutado pela igualdade de direitos de todos os outros. Chegou a altura de ter igualdade de salários de uma vez por todas. E igualdade de direitos para as mulheres nos EUA."
  • "Enquanto artistas é nossa responsabilidade expor a falta de diversidade na indústria. Acho que não se aplica apenas às mulheres, mas a todos. Nos últimos anos, vendo como poucas protagonistas femininas estavam nos nomeadas para os Óscares de Melhor Filme, percebi que as nossas histórias estão a ser apagadas."
  • "A conversa sobre as mulheres acontece em todos os lugares, publica e privadamente. Somos descritas e detalhadas, os nossos rostos e corpos analisados e devorados, o nosso valor apurado e distribuído baseado na redução da pessoa à simples objetificação física. As nossas vozes, a nossa personalidade, o nosso potencial e as nossas realizações são regularmente minimizadas e silenciadas."
  • "Qualquer mulher que diz que não é feminista está basicamente a dizer que não acredita em direitos iguais para as mulheres. Tenho sido uma feminista radical, de cartão na lapela, desde os 19 anos."
  • "Houve muitas vezes em que fui a audições e um diretor de ´casting´ diria 'É realmente muito bom, realmente adorável o que está a fazer, mas gostaríamos que regressasse com uma minissaia e saltos altos'.  Essas sempre foram armadilhas na estrada porque não há nenhuma razão para eu aparecer com uma minissaia e saltos a não ser que deseje criar alguma fantasia e deseje ter este momento em que possa rejeitar."
  • "O mundo dos filmes é fascinante para mim porque toda a gente está sempre a ter amnésia. Sempre que um projeto liderado por mulheres é feito e tem sucesso, de alguma forma é um acaso. Em vez de dizer que "Os Jogos da Fome" é popular entre as mulheres jovens, dizem que só fez dinheiro porque a Jennifer Lawrence foi luminosa e espantosa."
  • "Comecei há quase 25 anos. A televisão era diferente, o que as mulheres podiam e não podiam fazer era diferente. E estava a fazer um caminho onde não existia nada sendo uma pessoa de cor. Isso era muito diferente do que é hoje para as mulheres de cor. Também vim de um passado de modelo e concursos de beleza. E isso não ajudou de todo a minha credibilidade. De alguma forma, tive de encontrar uma forma de ultrapassar essa imagem pública e fazer a indústria saber que queria ser levada a sério. Eu tinha estudado [representação], não era apenas uma modelo que disse 'Oh, agora quero representar porque o que mais tenho para fazer?' Demorei anos a construir esse respeito dentro da indústria."
  • "A humanidade necessita tanto de homens como de mulheres, somos igualmente importantes e precisamos uns dos outros. Então, porque é que somos vistas como menos do que iguais? Estas atitudes velhas são-nos impingidas mesmo desde o início. Temos de ensinar aos nossos rapazes as regras de igualdade e respeito de forma a que à medida que crescem, a igualdade de género torna-se um modo de vida natural. E temos de ensinar as nossas raparigas que eles podem chegar tão alto quanto humanamente possível."
  • "Deem às personagens femininas mais para fazer, mais para dizer, maiores aspirações... deem-lhes mais roupas. E ignorem quando as pessoas dizem [que a igualdade de género em Hollywood ] foi corrigida. Temos de olhar para os números e fazer as mudanças radicais que precisam de acontecer e fazê-las agora."
  • “Há alguns anos, num dos meus filmes de grande orçamento, descobri que estava a ser paga 10% do que estava a receber o meu colega masculino, e éramos muito semelhantes em estatuto."
  • "Há um filme [que estou a ponderar] em que tenho de esperar que sejam escolhidos todos os papéis masculinos antes que eu possa sequer fazer parte da conversa. Parte de mim percebe isso. Parte de mim fica 'Mas que p*rra? Vocês têm de escolher as mulheres baseado em quem escolhem nos homens?'"
  • "Sim, as mulheres têm mais liberdade e mais influência do que nunca, mas dificilmente é igual . Simplesmente não é. ( ... ) É péssimo que as mulheres estejam sub-representadas [em Hollywood]. Tenho vontade de realizar e isso é algo a questionar, desafiar e corrigir."
  • Sobre a questão das idades: "É ridículo. Honestamente, é tão chato. E foi sempre assim. Todas vimos o James Bond a ficar mais e mais velho e as suas namoradas cada vez mais novas. É tão irritante."
  • "Onde estão as histórias femininas? Onde estão? Onde estão as realizadoras, onde estão as argumentistas? É desequilibrado, por isso uma vez que somos metade do público que vai ao cinema, somos metade das pessoas que veem dramas ou qualquer outra coisa, onde é que estamos? Sim, acho que o salário é uma questão enorme, mas estou realmente mais preocupada com a falta de vozes a serem ouvidas."
  • [Hollywood] "É uma espécie de Igreja. Não querem que sejamos padres. Querem que sejamos freiras obedientes."
  • “Candidatei-me a um papel e fiz um teste. Eles disseram: 'Adorámo-la. Mas pode regressar com um vestido preto apertado?' Eu disse: 'Isso não faz qualquer sentido para a personagem'. E eles: 'Precisamos de saber se é suficientemente bonita para estar na capa de uma revista.'"
  • “Há coisas que são realmente decepcionantes sobre ser uma atriz em Hollywood que me surpreendem constantemente. Tenho 37 e disseram-me recentemente que sou velha demais para ser a amante de um homem que tinha 55. Isso foi surpreendente para mim. Fez-me sentir mal e depois fez-me ficar zangada e depois fez-me rir."
  • A explicar como o seu papel em "Como Defender um Assassino" foi um dos poucos sexualizados que alguma vez lhe foi oferecido enquanto mulher de cor: "Não houve absolutamente nenhum precedente para isso. Nunca tinha visto uma mulher de cor de 49 anos que não usasse um tamanho pequeno de roupa ser sexualizada na televisão ou cinema. Sou uma mulher sexual, mas nada na minha carreira alguma vez me identificou enquanto tal. Eu era o protótipo do papel 'mumificado'".
 
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