A ideia de uma intervenção por parte da artista plástica Joana Vasconcelos, envolvendo chaimites usadas no dia 25 de Abril decoradas com cravos vermelhos, e que foi avançada hoje pelo jornal Público, permanece como uma hipótese, afirmou igualmente a presidente da Assembleia. "Ainda está em aberto", disse.

As "ideias-projeto" para as comemorações dos 40 anos do 25 de Abril, que foram hoje discutidas com os grupos parlamentares, incluem a realização de dois concertos, um dos quais nas escadarias do parlamento, no dia 26 de Abril, pelo compositor e interprete Rodrigo Leão. "Foi pedida ao Rodrigo Leão uma composição especial sobre o 25 de Abril", revelou a presidente da Assembleia. O outro concerto previsto deverá realizar-se a 24 de Abril, pelo grupo "Capas Negras" e convidados.

O programa provisório que Assunção Esteves revelou à Lusa inclui também uma "homenagem ao pensamento" na forma de uma conferência sobre "os novos paradigmas do futuro", na qual filósofos e ensaístas farão uma "reflexão sobre o desenho das instituições e das políticas públicas em novos paradigmas de futuro".

Está igualmente prevista uma "grande exposição iconográfica" sobre o "nascimento da democracia", com referências às "história dos partidos, das campanhas eleitorais, os principais momentos políticos e as grandes figuras marcantes".

Um ciclo de cinema sobre direitos humanos é outra das vertentes do programa, estando previsto para o mês de Abril a exibição de um conjunto de documentários realizados por estrangeiros sobre a revolução portuguesa.

A companhia "A Barraca" também deverá apresentar uma produção teatral criada propositadamente para os 40 anos do 25 de Abril.

A ideia de uma exposição de arte urbana, que inclua grafitti, foi também avançada e deverá constar do programa, acrescentou Assunção Esteves.

O programa das comemorações ainda não tem uma estimativa de custo porque não está fechado, disse a presidente da Assembleia, sublinhando que tem pedido aos intervenientes e potenciais intervenientes com quem tem falado que entendam a sua participação como "parte de uma dádiva para o seu país".

@Lusa