Esses são apenas alguns dos protagonistas de um cartaz organizado "com muito esforço e criatividade", como declarou à Lusa André Gomes, um dos programadores da sala de espetáculos gerida pela Academia de Música de Espinho. "Nos últimos três anos tivemos financiamento para parte da programação graças ao apoio do QREN, numa parceria com os teatros de Vila Real e Bragança, mas neste momento o Auditório de Espinho não tem qualquer tipo de apoio", explica esse responsável.

"Apesar de não ser um equipamento municipal, o Auditório acaba por ter um papel central na programação regular da cidade", continua André Gomes. "Por isso é que manter uma proposta com esta qualidade, sem qualquer tipo de cedências artísticas, é, nos tempos que correm, um desafio gigante - mas também muito recompensador", admite.

O primeiro espetáculo da programação deste trimestre é já esta sexta-feira, pela Orquestra de Jazz da EPME (Escola Profissional de Música de Espinho), que leva ao palco, sob a direção de Paulo Perfeito, o programa "Swing, swing, swing".

A 17 de janeiro sucede-se a dupla de pianistas Worbey & Farrell, que, combinando música com humor, demonstrarão em Espinho por que razão os vídeos das suas atuações merecem milhões de visitas no YouTube.

"ARTrio" é o nome da formação que ocupa o palco a 14 de fevereiro, propondo um programa "altamente contrastante" com obras de Mendelssohn, Rachmaninov e Shostakovich.

Já de 17 a 20 de fevereiro, o Auditório estará reservado para as performances que a companhia de teatro Actus encena especificamente para o público escolar. Com duas sessões diárias, passarão assim pelo palco as peças "Auto da Barca do Inferno" de Gil Vicente, "Frei Luís de Sousa" de Almeida Garrett, "Felizmente Há Luar" de Luís de Sttau Monteiro e "Os Lusíadas" de Luís Vaz de Camões.

Ainda no dia 20, mas à noite, apresenta-se na sala o fadista Camané, para um concerto com "O Melhor" dos seus 18 anos de carreira.

Também portuguesa, Emmy Curl é a artista que se segue, demonstrando a 28 de fevereiro as razões pelas quais é já apontada, aos 23 anos de idade, como um dos novos valores da música portuguesa.

A dupla norte-americana Jesse Sparhawk & Eric Carbonara regressa a Portugal para atuar em Espinho a 7 de março, para recriar o universo folk intimista que deu a conhecer no disco "Sixty Strings" (2011) e revelar os novos temas do mais recente "Tributes and Diatribes" (2014).

A 15 de março, o Auditório de Espinho recebe a Orquestra Clássica de Espinho num concerto dirigido por Jean Sébastien Béreau , com solo de saxofone por Fernando Ramos. Será a primeira vez que o maestro francês dirige essa formação e o programa recai sobre a música composta no seu país natal entre 1894 e 1939, por Debussy, Ravel e Milhaud.

"Filho da Mãe" estará em palco a 21 de março para, com "a sensibilidade e intensidade das suas criações na guitarra acústica" apresentar em Espinho o seu mais recente disco, "Cabeça", que André Gomes classifica como "um assombro de beleza e vitalidade".

O primeiro trimestre da casa termina despois com dois espetáculos integrados no MAR-MARIONETAS 2014 - Festival Internacional de Marionetas de Espinho: "Viajeros del Carrusel", a 22 de março, pela companhia espanhola Ángeles de Trapo; e "Dura Dita Dura", a 28 de março, pela companhia portuguesa Teatro de Ferro, com base num texto de Regina Guimarães.

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