O festival minhoto, que decorrerá nos dias 31 de julho, 1 e 2 de agosto, foi apresentado hoje como exemplo de um projeto de economia social, uma vez que as receitas reverterão na íntegra para a construção de um edifício, em Viana do Castelo, de apoio a pessoas com autismo.
A organização do festival, fundado em 1971, ficará a cargo da Fundação AMA - Associação dos Amigos dos Autistas, em parceria com a promotora Everything is New, a autarquia de Caminha e a junta de freguesia de Vilar de Mouros.
O anúncio de alguns dos artistas do cartaz - que se juntam à já anunciada presença do maestro Rui Massena - acontece no dia em que se assinala o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo.
O presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, descreveu-o como "um festival fénix", que renasce depois de oito anos de interrupção, enquanto o ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, enalteceu o "projeto social e inovador" associado.
Marco Reis, presidente da Fundação AMA, sublinhou que o evento de música quer chamar as famílias, "sem perder o ADN do festival".
O promotor Álvaro Covões explicou que esta edição pretende celebrar a música portuguesa, mas contará com alguns artistas internacionais - tal como aconteceu em 1971.
José Cid - que esteve em Vilar de Mouros com o Quarteto 1111 - regressará ao festival com o espetáculo baseado no álbum "10.000 anos depois entre Vénus e Marte", de 1978.
Os bilhetes para o festival - que terá a 30 de julho um dia de receção ao festivaleiro - estarão à venda a partir de quinta-feira.
Com as verbas angariadas no festival, a Fundação AMA pretende construir o edifício multifuncional em Viana do Castelo, para reforçar a capacidade de resposta, que já chega a 150 famílias com casos de perturbações do espectro do autismo.
As obras de construção do edifício, que deverá custar cerca de 3,5 milhões de euros, deverão arrancar ainda este ano.
@Lusa
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